No começo dos anos 1980, o filósofo francês Gilles Deleuze começou a aprofundar seus estudos em cinema, dedicando vários seminários acadêmicos ao tema. Em 1983 e 1985, publicou os resultados de seu mergulho nas artes cinematográficas, os livros “Cinéma 1: L’Image Movement” e “Cinéma 2: L’image-temps”. As ideias lançadas nesses dois volumes pavimentaram um campo fértil e nos últimos 30 anos deram margem a dezenas de estudos e estão muito longe de se esgotar. A partir dessa constatação, o artista, pesquisador e professor da UFRJ André Parente reuniu uma série de ensaios no recém-lançado “Cinema/Deleuze”.

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Orientando de Deleuze no departamento de cinema e filosofia da Universidade Paris VIII, em 1982, André Parente compilou artigos de pensadores do cinema, da arte contemporânea e das novas mídias, de várias nacionalidades. Entre eles, o americano John Rajchman, o francês Raymond Bellour e o brasileiro Luiz Cláudio da Costa, que identifica rastros do pensamento de Deleuze no cinema marginal brasileiro.