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CLIQUE E PAGUE
Tablet faz as vezes de vendedor e caixa em loja americana

Quem detesta as filas imensas das lojas de departamento ou se incomoda com vendedores inconvenientes, daqueles que ficam perseguindo os clientes pelas araras, vai gostar dessa novidade: as compras automatizadas. A loja Hointer, nos Estados Unidos, é pioneira em funcionar de forma completamente autônoma. O cliente entra e baixa um aplicativo para o celular. Vê as peças penduradas no teto, escolhe o que deseja experimentar, faz o pedido pelo app e o produto é entregue no provador. Não serviu? Basta um clique para que o sistema envie outro tamanho. Gostou? É só passar o cartão de crédito em um terminal automático e levar a roupa nova para casa. “Eu quis criar a loja do futuro combinando as vantagens da compra online com a possibilidade de tocar e experimentar os itens”, diz Nadia Shouraboura, fundadora da Hointer, que já inaugurou duas lojas, uma no Vale do Silício e outra em Seattle.

Outro bom exemplo de automação nas lojas é o Me-Ality, um escâner que toma medidas do corpo do cliente e sugere as peças que terão o melhor caimento. Como bônus, a cliente não precisa dizer sua numeração em voz alta. “A fundadora da empresa percebeu que as pessoas atrelam a autoestima ao número da etiqueta”, diz Kathleen Funke, porta-voz da Me-Ality. Tem dado certo: pesquisa da empresa com seis mil clientes mostrou que 47% compraram itens recomendados pela máquina e 94% disseram que as peças caíram bem. A empresa já tem máquinas em cinco lojas da Bloomingdale’s e em mais 20 shoppings nos EUA.

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O Brasil ainda engatinha nesse campo, mas já abriga exemplos que mostram que o País não ficará de fora. A loja Billabong do Shopping Iguatemi Alphaville, em Barueri (SP), conta com espelho interativo, que projeta imagens das peças virtualmente sobre o corpo dos clientes, e um sensor nos provadores que identifica os produtos e mostra outras opções de tamanho. A rede de roupas Memove automatizou as compras em suas nove lojas em seis Estados. O cliente pode levar as peças ao terminal de autoatendimento, passar as etiquetas pelo leitor de código de barras e efetuar o pagamento sem a ajuda de vendedores. Mas as máquinas não são capazes de tudo. Caso algo dê errado, humanos estarão no serviço de atendimento ao cliente.