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Após semanas demonstrando otimismo, o mercado financeiro voltou a aumentar a previsão de inflação para 2013. Segundo analistas do setor consultados semanalmente pelo Banco Central (BC), os preços devem ficar 5,8% mais altos neste ano, contra previsão anterior de 5,71%.

A estimativa de inflação para 2013 é igual à de 2014, que não foi alterada pelos analistas de mercado. A meta perseguida pelo governo é de 4,5%, com tolerância de dois pontos porcentuais para cima e para baixo – intervalo entre 2,5% e 6,5%.

Segundo informações do Boletim Focus, que concentra as previsões de mercado, os analistas apostam que a alta será impulsionada pelos chamados "preços livres", ou seja, aqueles definidos pela concorrência natural do mercado. Isso porque os economistas reduziram a previsão de alta dos chamados "preços administrados", cujos aumentos são controlados pelo governo.

Além disso, a estimativa para a expansão da produção industrial subiu de 2,39% para 2,53%, este ano, e permanece em 3,55%, em 2014. A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) passou de 34,8% para 35%, em 2013, e de 34% para 34,8%, no próximo ano.

A expectativa para a cotação do dólar passou de R$ 2 para R$ 2,01, para o final deste ano, e permaneceu em R$ 2,05, ao fim de 2014. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) passou de US$ 10 bilhões para US$ 9,05 bilhões, neste ano, e de US$ 10,8 bilhões para US$ 10,20 bilhões, em 2014.

Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi alterada de US$ 70 bilhões para US$ 70,05 bilhões, em 2013, e de US$ 74,3 bilhões para US$ 74,8 bilhões, em 2014. Já a expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do País) foi mantida em US$ 60 bilhões tanto para 2013 quanto para o próximo ano.