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ILUMINADA
A capital brasileira vista do alto: um lugar
melhor para os moradores e para os turistas

Desde que Oscar Niemeyer projetou os primeiros edifícios de Brasília, a cidade sempre atraiu olhares estrangeiros. Com o passar dos anos, porém, essa projeção internacional perdeu força. Agora, mais de cinco décadas depois, o Distrito Federal tem a rara oportunidade de novamente abrir as portas para o mundo. A Copa de 2014 impulsionou a retomada, mas diversas outras ações vêm contribuindo para transformar o DF em um lugar melhor para seus moradores – e para os turistas interessados em desvendá-la. Hoje, Brasília passa por uma notável transformação. Na economia, investimentos em setores tão diversos quanto de serviços, imobiliário e tecnológico trouxeram volume inédito de recursos e geraram número recorde de empregos. Na área de mobilidade urbana, vital para a melhoria da qualidade de vida da população, o que se vê é uma mudança sem precedentes. Toda a frota de ônibus será substituída e projetos como o Expresso Sul (veículos articulados que trafegam em vias rápidas) vão aliviar o sufoco dos usuários ao reduzir o tempo perdido no deslocamento entre os bairros. No segmento de lazer, novos hotéis estrelados, restaurantes de alto padrão e uma vida noturna pulsante estão ajudando Brasília a se tornar uma cidade cada vez mais cosmopolita. Todos esses temas foram apresentados e discutidos no seminário “As Cidades da Copa”, realizado na semana passada em Brasília (leia reportagem à pág. 94). Promovido por ISTOÉ, o evento é o primeiro de uma série sobre as cidades que vão receber os jogos da Copa de 2014. “Para Brasília, o grande legado da Copa será o salto para o Exterior”, diz Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal. “A capital vai se inserir entre as melhores e mais importantes cidades do mundo.”

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Ações recentes confirmam que Brasília está de volta ao radar internacional. Há alguns dias, representantes dos dez maiores conglomerados industriais dos Estados Unidos nas áreas de tecnologia e de defesa se reuniram com o governador Queiroz para discutir possíveis investimentos no DF. Entre as corporações presentes estavam gigantes como Boeing e Motorola. “Ficamos impressionados com a estabilidade econômica do Distrito Federal”, diz Matthew Riddle, presidente da Raytheon, empresa especializada em equipamentos militares, e líder da delegação formada por 23 executivos. “Nossas companhias não veem isso há muito tempo em Washington.” Uma das iniciativas discutidas foi a criação de um amplo polo tecnológico capaz de atrair companhias nacionais e estrangeiras. “Nossa delegação se entusiasmou pela infraestrutura da região e pela mão de obra qualificada formada pelos centros de ensino superior do Distrito Federal”, diz Riddle. As relações com os Estados Unidos nunca foram tão positivas – para os dois lados. Recentemente, o governo do DF assinou com Washington um acordo que prevê o intercâmbio de técnicos de várias áreas, com o objetivo de trocar experiências que resultem em investimentos concretos. Com isso, Brasília se tornou a primeira cidade da América do Sul oficialmente irmã da capital dos Estados Unidos.

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SHOPPING IGUATEMI EM BRASÍLIA:
grifes de luxo e sucesso comercial

Poucas cidades brasileiras se comparam a Brasília no potencial para atrair investimentos. A capital federal tem a maior renda per capita do País e a maior população relativa de graduados, mestres e doutores. Foi de olho nesse universo seleto que grandes grifes de luxo, como Ermenegildo Zegna, se instalaram na capital. A marca italiana ocupa um espaço de mais de 200 metros quadrados no Shopping Iguatemi e seu endereço brasiliense já está entre os mais rentáveis da empresa no País. Inaugurado em 2010 no Lago Norte, o Iguatemi é outra prova da força econômica do Distrito Federal. Sua construção consumiu R$ 200 milhões, dinheiro que está sendo rapidamente recuperado graças ao sucesso comercial do shopping. O poder financeiro dos brasilienses também é confirmado pelo setor imobiliário. Nos últimos anos, um dos maiores canteiros de obras do País foi erguido em Águas Claras, distrito a 20 quilômetros do centro de Brasília. Os números impressionam: surgiram ali cerca de mil edifícios residenciais, com apartamentos cujos preços superam facilmente R$ 1 milhão. Mais surpreendente ainda: alguns imóveis estão cotados a R$ 3 milhões.

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APETITE
Freitas, do Gero Brasília:

"Estamos sempre lotados"

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A Copa do Mundo tem papel vital na transformação do Distrito Federal. Um estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas estimou em R$ 4 bilhões o montante a ser gasto por turistas brasileiros e estrangeiros que pretendem visitar a capital durante o maior evento esportivo do planeta. “Para o nosso segmento, a Copa representa uma oportunidade histórica”, diz Nadim Haddad, vice-presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília. “Apenas no setor hoteleiro Norte nós temos atualmente três flats e hotéis em construção”. A Copa também deixará importante legado. Só em projetos de mobilidade urbana serão investidos R$ 4,5 bilhões até 2014. “Estão sendo feitas inúmeras melhorias, como os corredores expressos, a expansão do metrô e o recapeamento de todas as vias do Distrito Federal até a Copa”, diz o governador Agnelo Queiroz. Com ações como essas, Brasília passa a ser uma cidade mais amigável tanto para seus moradores quando para os turistas – um golaço que só um evento como a Copa do Mundo é capaz de proporcionar.

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