Conheça alguns filmes com Jennifer Lawrence:

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RADICAL
Jennifer no Oscar: ela odeia festas e
os altos preços dos estacionamentos

Na tradicional e solene sessão de fotos que acontece após a entrega do Oscar, Jennifer Lawrence, premiada como melhor atriz, não chorou como é de costume nesses momentos. Ao contrário: fez um gesto obsceno que destoa do glamour e do clima de clube fechado da cerimônia. O dedo médio em riste tinha endereços certos: a indústria do cinema que quer torná-la a estrela do momento, a própria premiação e, mais adiante na fila, o grande circo midiático armado para celebrar o poder do tapete vermelho. Sua atitude de estrela rebelde, no entanto, é ambivalente: serve também ao marketing pessoal. Aos 22 anos, a atriz, uma das mais jovens a receber a estatueta, fez piada já durante o discurso de agradecimento: “Sei que estão aplaudindo de pé apenas porque caí.” Ao subir no palco, ela havia tropeçado na barra do pesado vestido Dior, o que prova que, para ela, a alta-costura parece prisão.

Garota-propaganda da marca francesa Dior, Jennifer recebe o prêmio da academia – e da indústria do cinema, por extensão, com o título de nova “namoradinha da América”.
A diferença entre ela e outras atrizes que já ostentaram o rótulo – de Audrey Hepburn a Julia Roberts – é que Jennifer não segue a linha “delicada e bem-comportada”. Ao ganhar o Globo de Ouro, também por “O Lado Bom da Vida”, ela provocou: “Bati a Meryl Streep.” Sua atitude politicamente incorreta e desbocada, recebeu a desaprovação de quem menos se esperava, a maluquete Lindsay Lohan, que censurou a brincadeira dirigida àquela que é considerada a maior atriz americana. Jennifer retrucou no seu estilo: “É uma citação, imbecis!” Ela referia-se ao filme “O Clube das Desquitadas”, em que a personagem de Bette Midler ganha o prêmio e diz a mesma frase.

Na vida real, Jennifer não bateu Meryl mas venceu atrizes do mesmo naipe, como a francesa Emmanuele Riva, 86 anos, estrela de “Amor” e conhecida pelo clássico “Hiroshima, Meu Amor”. Há muitos anos a premiação deixou de ser um carimbo de qualidade, mas ter um Oscar na estante representa autonomia na escolha de trabalhos e aumento considerável no cachê. Ao atuar em “Jogos Vorazes”, no ano passado, Jennifer ganhou US$ 500 mil. No segundo filme da franquia, com lançamento previsto para o segundo semestre, o valor saltou para US$ 10 milhões – e isso antes de ela ganhar a estatueta. Para os próximos filmes, espera-se que a quantia dobre.

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Modelo da Dior, Jennifer usou um vestido de grife na noite do Oscar.
Ela diz que apenas coloca as roupas para as sessões fotográficas
e não está muito preocupada com o que isso significa

A jovem aposta de Hollywood começou a atuar aos 14 anos numa igreja metodista, no Estado de Louisiana. Decidida a ser atriz, mudou com a família para Nova York e, em seguida, foi para a Califórnia ficar mais perto dos grandes estúdios. Até pouco tempo ainda vivia na casa dos pais, em Santa Mônica. Atualmente mora sozinha mas no mesmo bairro que eles. “Ter crescido na Louisiana me ajudou a ver o lado normal das coisas. Meu trabalho como atriz é estranho, mas ainda é só isso: um trabalho”, disse.

A carreira profissional começou com pequenos papéis em séries de tevê, até que veio “O Inverno da Alma”, filme independente que lhe valeu sua primeira indicação ao Oscar. No salto para megaproduções, foi contratada para a franquia “Jogos Vorazes”, voltada para adolescentes. Sua personagem é uma arqueira que luta em defesa da irmã e, para se mostrar mais convincente, Jennifer praticou arco e flecha e precisou ganhar músculos. Nada de emagrecer, o que provocou críticas de que parecia muito “saudável” para o papel. “Tentei ficar forte, não magra e subnutrida”, diz ela que, para os padrões hollywoodianos, é considerada “pouco magra”: “Como igual a um homem das cavernas.

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Não vou me matar de fome por causa de um papel.”
Mudanças no cabelo lhe são sempre bem-vindas. Em “O Lado Bom da Vida”, para viver uma ninfomaníaca que busca superar a morte do marido, ela escureceu as madeixas, naturalmente loiras.
A parceria com o galã Bradley Cooper, com quem faz par no filme, vai se repetir em “Serena”, sobre uma mulher casada com um magnata que não pode ter filhos. Jennifer vai aparecer com um visual anos 1920. Mesmo assim, com pinta de rebelde.

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Fotos: Montagem sobre foto de Mike Blake/Reuters; Mario Anzuoni/REUTERS; Divulgação