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DESASTRE
Morreram 32 pessoas no acidente na costa italiana

"Vada a bordo, cazzo!" (“Volte a bordo, c.”). Essa foi uma das frases mais famosas de 2012, virou bordão mundial, foi estampada em camisetas e acabou como piada nas redes sociais. O mundo inteiro ouviu a gravação na qual o capitão Gregorio De Falco, da Guarda Costeira, mandava o comandante Francesco Schettino retornar imediatamente ao navio Costa Concordia, que afundava próximo à ilha de Giglio, na Itália, no dia 13 de janeiro, após chocar-se com arrecifes. Contrariando a lei dos mares e atendo-se apenas à sua sobrevivência, Schettino nem pensou em ser o último a abandonar o barco e tratou de fugir para salvar a própria pele. No naufrágio morreram 32 pessoas, entre passageiros e tripulantes. Dois corpos não chegaram a ser encontrados.

Com o choque, as mais de quatro mil pessoas que lotavam o Costa Concordia tiveram de sair às pressas e viveram momentos de terror. Sessenta e quatro se feriram, das quais duas com gravidade. Entre os sobreviventes, havia 47 brasileiros. Em vez de coordenar os trabalhos de resgate, o comandante abandonou sua tripulação e os passageiros à própria sorte. Schettino responde a processo pela morte dos passageiros, mas nega que seja o culpado pelo desastre. Segundo ele, suas ordens não foram cumpridas, e, por isso, o navio se desviou da rota e colidiu com as pedras. Ele é acusado, entretanto, de ter se aproximado excessivamente da ilha para saudar seus moradores. O julgamento ocorre na cidade toscana de Grosseto. A Costa Cruzeiros, proprietária do navio, concordou em dar como indenização 11 mil euros (cerca de R$ 25 mil em valores da época) aos passageiros.

Foto: Max Rossi/Reuters


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