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Cláudia Falcão, do RH da Natura: quadra esportiva e verde para funcionários relaxarem

 

É unânime entre estudiosos que, no futuro, o trabalhador não terá uma profissão “ou” outra. E, sim, uma profissão “e” outra. Daqui a cinco ou dez anos, para fechar negócios fora do País, não será suficiente ter um diploma em administração de empresas, por exemplo. Além de falar outras línguas, o profissional deverá conhecer a fundo a história e a cultura do lugar para conseguir as melhores oportunidades. Neste cenário, uma formação em antropologia poderá ser um diferencial positivo.

Em um mercado de trabalho que exigirá cada vez mais profissionais multimídia e superespecializados será necessário um grande contingente de professores para suprir esta demanda por aprendizado. O professor com boa formação e antenado com as tendências será valorizado. “A educação é um bem intangível e que estará em alta”, afirma a estudiosa do futuro Lala Deheizelin, consultora especializada em economia criativa e empreendedora cultural. O ensino superior privado no País viveu um boom de 1997 a 2003. Nesse período, o total de novos alunos subiu 150% (de 392 mil em 1997 para um milhão em 2003). A flexibilização das regras para a abertura de instituições de ensino, a partir de 1995, favoreceu este crescimento. Nos próximos anos, a ampliação de vagas não será tão rápida, mas seguirá firme. Atualmente, há 3,8 milhões de alunos matriculados em faculdades privadas e a previsão é de que, em 2010, o número de matrículas suba para 4,3 milhões. No caso das universidades públicas, o aumento será de 1,3 milhão para 1,4 milhão.

 

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O ensino médio, porém, já enfrenta déficit de professores. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que são necessários 235 mil profissionais para atender os estudantes. Na disciplina de física, por exemplo, há vagas para 55 mil professores, mas entre 1999 e 2001 só saíram dos bancos universitários 7.216 licenciados na área. Um dos maiores problemas é a baixa remuneração: na capital paulista, onde se paga um dos melhores salários do País, o professor de ensino médio inicia a carreira ganhando R$ 503 por 20 horas semanais, segundo dados da CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.

Educadora de valor
Formada em relações públicas e em turismo, Elisabeth Wada, 49 anos, descobriu o desejo de ser professora na primeira especialização que fez (administração mercadológica). Elisabeth sempre equilibrou sua experiência no mercado com as salas de aula e se aprimorou com mestrado e doutorado em ciências da comunicação. Valorizada pelos títulos e vivência profissional, é professora do mestrado em hospitalidade da Anhembi- Morumbi. E tem uma consultoria de planejamento em turismo. “Quem não se dedica é superado pelo aluno de hoje, que tem muita informação”, diz.


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