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Spader e Melora: paixão que termina nos tribunais

Falando de sexo (Speaking of sex, Estados Unidos, Canadá, 2001), que estréia em São Paulo e no Rio de Janeiro na sexta-feira 21, em última análise trata da dependência que o homem moderno tem dos terapeutas e dos especialistas na mente humana, profissionais que, às vezes, não se mostram tão bons assim. É neste ambiente que Dan (Jay Mohr) e Melinda (Melora Waters), dois caipiras de Boise, Idaho, procuram a terapeuta de casais Emily Paige (Lara Flynn Boyle), depois que o marido passou a se mostrar desinteressado em sexo. Mas, para tratar da depressão da mulher, Emily acaba pedindo ajuda ao colega Roger Klink (James Spader).

Acontece que a jovem e o médico se envolvem emocionalmente, o caso ganha os tribunais e aí entram em cena dois advogados especializados em causas do gênero, Ezri Stovall (Bill Murray), um farejador de imperícia médica, e Connie Barker (Catherine O’Hara), paladina da luta contra o abuso de terapeutas. Ambos, é claro, contam com o apoio de um serviço de detetives para descobrir podres de seus oponentes. Com este enredo de material inflamável nas mãos, o diretor John McNaughton, de Garotas selvagens, não teve muito trabalho para realizar uma comedinha cheia de malícia, que de quebra ainda tem Bill Murray em plena forma, às vésperas de participar de Encontros e desencontros, filme que lhe valeu uma indicação ao Oscar.