Ianelli – retrospectiva (Pinacoteca do Estado, São Paulo) – Ao lado do irmão Thomaz, falecido no ano passado, Arcangelo Ianelli tem seu nome como referência na história das artes plásticas brasileiras. Paulistano do bairro do Paraíso, o artista de 80 anos começou a pintar na década de 40. Integrou o grupo Guanabara e pertenceu à mesma geração de Alfredo Volpi, Tomie Ohtake, Manabu Mabe, Aldemir Martins e Francisco Rebolo, entre outros. Até os anos 60 foi figurativo, passando aos poucos para o abstrato, a princípio geométrico, até gradualmente atingir o que chama de abstração lírica. A mostra, que ocupa as seis salas climatizadas do belo prédio da Pinacoteca, reúne 100 obras selecionadas pelo próprio artista. Entre elas, encontram-se as pouco conhecidas 11 esculturas em mármore – há 26 anos ele dedica-se à arte, mas raramente expõe os trabalhos – e 12 quadros tridimensionais em relevo. Ianelli, que trabalha diariamente na sua residência, um espaço privilegiado e literalmente conquistado depois de ter comprado as 11 casas ao redor da sua, gosta de dizer que a exposição não é uma retrospectiva. “É uma amostra do muito
que tentei atingir, não consegui e continuo procurando.” Pura modéstia. (Luiz Chaves) Não perca

 


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias