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Conheça Britney e Hunter, duas crianças que brincam de regular os níveis de açúcar no sangue. Ou então seja amigo de Roxxi, guerreira que trava uma batalha contra o câncer. Esses personagens pertencem a uma classe de novos jogos que estão adicionando criatividade ao tratamento de doenças. O negócio começa a ser desenvolvido lá fora e traz games sofisticados, a exemplo do que há de mais moderno na área. A diferença é que o conteúdo e a estratégia têm por alvo a superação de uma enfermidade.

No jogo Re-Mission, a heroína é o robô Roxxi. Ela é “injetada” no corpo de um paciente virtual e tem como funções combater infecções e informar a doutora West, outro personagem, sobre alterações no organismo. Dividido em 20 fases com níveis crescentes de dificuldade, o game traz informações sobre tratamentos e está disponível, em inglês, no site https://re-mission.net/.

Desenvolvido pela organização sem fins lucrativos Hope Lab, o Re-Mission é um dos mais conceituados na área. Pesquisa publicada no periódico “Pediatrics”, feita com 355 pacientes, mostrou que aqueles que jogaram o game mantiveram quimioterápicos no sangue por mais tempo do que os que não jogaram.

Algumas das opções foram criadas pela indústria farmacêutica. A Bayer fez o Didget, aparelho que mede a glicemia e traz embutido um game. Plugado em um Nintendo DS, o jogo tem como personagens Britney e Hunter em uma história de luta diária contra a diabetes. A Pfizer lançou o jogo Back in Play, no qual o paciente de espondilite anquilosante (doença caracterizada por inflamação nas articulações) só atinge a meta se responder certo a perguntas sobre a doença. “O objetivo é ajudar o paciente a ter mais informação sobre o que acontece com ele”, diz João Fittipaldi, diretor-médico da Pfizer.

Outros jogos são mais ousados, como o Syrum, criado para o Facebook pelo laboratório Boehringer Ingelheim. Nele, o usuário é convidado a cuidar da sua própria indústria farmacêutica, que tem por desafio a descoberta de drogas que livrem a humanidade de doenças. No Brasil, a iniciativa na área partiu do Ministério da Saúde. A instituição criou jogos online que incentivam a conscientização sobre cuidados gerais com a saúde. Eles estão disponíveis no “portalsaude.gov.br”. Uma das ações possíveis é ajudar o País a combater a dengue com games de estratégia, jogados em parceria com agentes da saúde.  

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