Assista ao vídeo e conheça algumas inovações :

2012_09_05_ED3_ISTOE_TV_DO_FUTURO_255.jpg

 

chamada.jpg
VISUAL CLEAN
Depois das telas cada vez mais finas, a transparência
vira a nova aposta dos fabricantes 

Se a tentação de trocar o televisor for grande, vale a pena esperar um pouco. Nos próximos meses e anos, chegam ao mercado aparelhos com tela transparente, totalmente conectados, controlados por meio do olhar e até com dispositivos que adaptam a imagem a alguns tipos de deficiência visual. Esse é o futuro prenunciado na última edição da IFA, tradicional feira anual de eletrônicos em Berlim, encerrada na quarta-feira 5. Uma das empresas que mais impressionaram os visitantes foi a chinesa Haier, que apresentou a sua tevê de tela transparente. O modelo não é totalmente translúcido, como alguns conceitos desenvolvidos por designers, mas representa um avanço na viabilidade comercial dessa tecnologia. Para a companhia, talvez o aparelho faça uma escala no mundo corporativo antes de entrar de vez na casa dos consumidores. Pode ser usado em vitrines, por exemplo, para exibir imagens e informações no vidro, ao mesmo tempo que deixa o consumidor visualizar os produtos expostos atrás da tela. Outra novidade da Haier é o comando por olhar. Vai ser possível mudar de canal, alterar o volume e consultar menus apenas movendo os olhos. O sistema funciona com um sensor posicionado na frente do usuário. Para selecionar a função desejada, basta olhar para um ponto determinado na tela e piscar firmemente.

Enquanto essas tecnologias ainda carecem de um pouco mais de pesquisa antes de chegar ao consumidor final, outra já está disponível em lojas do Hemisfério Norte. Trata-se das tevês de ultradefinição, chamadas 4K. As telas têm 3.840 x 2.160 pixels de resolução, quatro vezes mais do que as Full HD. A Toshiba já havia lançado uma tevê 4K de 55 polegadas, em dezembro do ano passado. Agora, fabricantes como Sony e LG também entraram na briga e apresentaram na IFA versões com impressionantes 84 polegadas. O preço também impressiona: vai de US$ 22 mil – ou quase R$ 45 mil (LG) – a US$ 31 mil, o equivalente a R$ 63 mil (Sony).

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

01.jpg
TUDO AGORA
Tevê transforma celular em controle remoto e facilita interações

Mas de nada adianta ter uma tevê de altíssima qualidade em casa e enxergar tudo fora de foco. O cientista da computação brasileiro Vitor Pamplona desenvolveu, junto com o Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e em parceria com a Universidade de Purdue e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), um sistema que corrige as imagens automaticamente para quem tem algum desvio de visão, como miopia ou hipermetropia (leia quadro). “Qualquer pessoa que usa óculos já deve ter desejado uma tevê como essa”, diz Pamplona. Além dos televisores, essa tecnologia pode, futuramente, ser aplicada a relógios, celulares e painéis de carro.

Outra tendência no mercado de televisores é a integração com outros aparelhos. Segundo a empresa de entretenimento visual TP Vision, parceira da Philips, “assistir à tevê é uma atividade passiva, mas muitos espectadores querem dividir suas experiências nas redes sociais ou acessar conteúdos adicionais enquanto assistem a um programa”. A chave é conectar cada vez mais a tevê aos smartphones e tablets. A Philips já tem um aplicativo, o MyRemote, que transforma o celular em um controle remoto para tevês da linha Smart. Com ele, é possível transmitir imagens, vídeos e músicas dos dispositivos móveis para a televisão em poucos cliques. Até o fim do ano a TP Vision vai lançar um novo app para possibilitar a transferência de informação da tevê para o tablet usando a função de “arrastar e soltar”, o que torna o processo mais intuitivo.

02.jpg
CINEMA
Modelo 4K exibe imagens quatro vezes mais nítidas do que as tevês Full HD

Assim como o cinema – que muitos consideraram que ela destruiria –, a televisão terá uma vida longa. O esforço e as novidades mostradas pelos fabricantes na feira alemã são uma aposta de que, por mais avançados que sejam os dispositivos móveis, as vendas de televisores, e consequentemente de sofás, estão garantidas por mais algumas décadas.

03.jpg

Foto: Adam Berry/Getty Images; Divulgação


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias