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A bandeira olímpica chegou nesta segunda-feira ao Rio de Janeiro, marcando o primeiro dia da cidade como sede oficial dos Jogos Olímpicos de 2016. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, desembarcou de um avião da Air France trazendo a bandeira olímpica, acompanhado do presidente do Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, do governador Sergio Cabral, e de atletas brasileiros que participaram dos Jogos de Londres. Organizar uma Olimpíada é um enorme desafio para uma cidade que tem trânsito caótico, serviços públicos deficientes e níveis preocupantes de violência, mas as autoridades do Rio garantem estar à altura do evento. 

 
Paes recebeu a bandeira olímpica no domingo, na Grã-Bretanha, das mãos do colega londrino, Boris Johnson, durante cerimônia que marcou o início da contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de 2016, os primeiros da história a ser realizados em uma cidade sul-americana, de 5 a 21 de agosto daquele ano. Na cerimônia de encerramento dos Jogos de Londres, o Rio recebeu o bastão para sediar os próximos Jogos, com um espetáculo que prestou homenagem à música brasileira, do carnaval aos ritmos modernos, e teve como convidado surpresa o rei Pelé. Na quinta-feira a bandeira olímpica percorrerá as zonas norte e oeste da cidade, passando pelas comunidades do Complexo do Alemão e  Realengo, informou a Prefeitura do Rio em um comunicado. Depois de percorrer a cidade, a bandeira será levada para a Prefeitura, onde será celebrada uma cerimônia da qual participarão Paes, Cabral e Nuzman
 
Vaias
 
Um grupo de manifestantes fez um protesto na tarde de hoje (13) no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Galeão-Antonio Carlos Jobim, próximo ao local organizado para receber o prefeito da cidade, Eduardo Paes, que chega de Londres trazendo a bandeira olímpica. Ligados ao Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, usando máscaras com o rosto do prefeito, os manifestantes criticam o uso de verbas bilionárias para os Jogos de 2016 sem que isso represente legados sociais concretos.
 
O coordenador do comitê, Marcelo Edmundo, explicou que o motivo da manifestação é denunciar o clima festivo e fantasioso gerado em torno da Copa de 2014 e das Olimpíadas. “O objetivo é justamente fazer frente a esse grande mundo de fantasia que se criou em torno da Copa e das Olimpíadas, no qual se mostra a festa e a comemoração e se deixa de mostrar as violações de direito que estão ocorrendo nesse processo”, disse.
 
Na avaliação do coordenador, é preciso que os investimentos tragam benefícios diretos para a população e não violação aos direitos. “A gente quer que existam legados de fato para a população, que melhore as condições de vida das pessoas. Com todo o investimento que está sendo feito, daria para melhorar a qualidade de vida nas comunidades, em vez de removê-las. Como já teve a experiência do Pan-Americano [em 2007], que não deixou legado nenhum, apenas no discurso”, ressaltou.


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