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A Seleção Brasileira masculina de vôlei deu show nesta segunda-feira, não tomou conhecimento do forte time da Alemanha e atropelou o rival por 3 sets a 0, com parciais de 25/21, 25/22 e 25/19, na Arena Earls Court, em Londres. O resultado culminou na quarta vitória verde e amarela e ajudou a credenciar a equipe comandada pelo técnico Bernardinho a disputar as quartas de final dos Jogos Olímpicos 2012. O próximo rival será a Argentina.

A Seleção começou o jogo com tudo. Disposta a acabar com a fatura desde os primeiros pontos, a equipe verde e amarela atacava em bolas de Dante e Murilo, e começou a abrir a vantagem no primeiro set após show da dupla, que foi responsável por grande parte dos pontos brasileiros na etapa inicial, vencida por 25/21.

A Alemanha reagiu no segundo set e mostrou que queria a terceira colocação do Brasil. Marcus Bohme e Bjonr Andrade comandaram o desempenho que deixou os germânicos com 22/19 no placar, mas uma reação brasileira virou o jogo. Ricardinho, sacando com precisão e potência, foi o herói da virada, que encerrou o set com 25/22.

Embalada pela tarde inspirada, a equipe sul-americana não deu mais chances ao rival e abriu cinco pontos logo de cara no terceiro set. Bruninho sacava com precisão, e Wallace fazia seu papel ofensivo com eficiência, deixando a Seleção à frente. No fim, a equipe sul-americana confirmou o favoritismo e fechou em 25/19.

Classificado na segunda colocação com 11 pontos no Grupo B dos Jogos Olímpicos, a Seleção agora terá pela frente e Argentina como adversária nas quartas. Já a Alemanha, que avançou na quarta posição, irá enfrentar a Bulgária, líder da chave A.

Vitória no basquete

 

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Na última rodada da fase inicial do basquete masculino nos Jogos Olímpicos de Londres, o Brasil reagiu no último quarto e superou a favorita Espanha em seu quinto jogo na competição. Por 88 a 82, a Seleção conquistou sua quarta vitória e terminou sua participação no Grupo A com nove pontos.

Com arremessos certeiros, os espanhóis terminaram o primeiro quarto a frente do Brasil conduzidos por um excelente Pau Gasol, pivô que terminou a metade inicial da primeira etapa com 13 pontos, errando apenas um chute em sete tentativas. Paciente, a Seleção trabalhou a bola no ataque, mas pecou nas finalizações e saiu derrotada do período por 26 a 17.

Os comandados de Rubén Magnano voltaram bem para a segunda metade da etapa inaugural, mesmo tendo problemas com o garrafão espanhol, que conseguiu três tocos no período, dois deles de Serge Ibaka, titular do Oklahoma City Thunder, finalista da última temporada da NBA. Dificultando a atuação do ataque espanhol, os brasileiros diminuíram a desvantagem no marcador e foram para os vestiários a seis pontos dos espanhóis.

O terceiro quarto permitiu que a Espanha recuperasse a vantagem perdida no período anterior. Ibaka e os irmãos Gasol deram trabalho tanto no ataque quanto na defesa brasileiros e foram fundamentais para que os espanhóis mantivessem uma distância confortável no placar.

No último período, o pivô Caio Torres, pouco utilizado na competição por Magnano, acabou excluído em três minutos de jogo. Mesmo assim, a Seleção reagiu e conseguiu virar a partida em seis minutos. Acertando cestas de três com Leandrinho e Marquinhos, os brasileiros saíram de uma desvantagem de nove pontos e tomaram a frente no placar virando para 75 a 73, com o relógio marcando 4min15.

 

Medalhas no boxe

Depois de 44 anos, o boxe brasileiro novamente pode comemorar a medalha de um atleta nos Jogos Olímpicos de Londres. Após Servílio de Oliveira levar o bronze na Cidade do México, em 1968, Adriana Araújo retornará ao País com, no mínimo, a mesma premiação. Nesta segunda-feira, a pugilista derrotou a marroquina Mahjouba Oubtil por 16 a 12 e garantiu um lugar na semifinal da divisão dos leves (até 60 kg) – como não há disputa pelo terceiro posto, a atleta subirá ao pódio mesmo com uma derrota no próximo combate, na próxima quarta-feira.

Favorita para conseguir um lugar na semifinal, Adriana Araújo assumiu o controle do ringue durante os dois primeiros rounds. Atenta dentro do combate, postura diferente da qual assumiu na estreia, a pugilista, pupila de Luiz Dórea (ex-treinador de Popó e atual do campeão dos pesos pesados do UFC, Junior "Cigano" dos Santos), abriu três pontos de diferença ao se impor diante da adversária marroquina.

A grande vantagem nos dois primeiros rounds confortou (até demais) a boxeadora na parcial seguinte. Diferentemente da postura agressiva e extremamente eficiente, Adriana se retraiu e abdicou por muitas vezes de contra-atacar, apesar da guarda falha da africana. Sendo assim, a lutadora marroquina conseguiu marcar 3 a 2 e diminuir a desvantagem para apenas dois pontos, pressionando a favorita brasileira no round final.

Na quarta parcial, Adriana voltou a se soltar. Mais agressiva, porém, sofreu com a postura de Oubtil, que encontrou a distância e encaixou o jogo nos minutos finais. Bem na guarda e na movimentação, a brasileira conseguiu escapar da blitz armada pela rival e assegurar o resultado positivo.

 

No boxe masculino foi a vez de Esquiva Falcão dar um show contra o húngaro Zoltan Harcsa, na Arena Excel. Pelas quartas de final do boxe, categoria até 75 kg, Esquiva venceu por 14 a 10. Assim, garantiu mais uma medalha ao Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres. Com a ida à semifinal, o atleta sul-americano já ganha pelo menos a condecoração de bronze, mas ainda poderá brigar pelo ouro.

No primeiro round, Esquiva Falcão teve atuação soberba e empolgou o público ao demonstrar vontade desde o primeiro segundo. O brasileiro acuou o adversário e desferiu uma sequência de golpes animadora, que lhe renderam uma boa soma de pontos ao término da parcial: 6 a 2 para o sul-americano.

O segundo round continuou com domínio do brasileiro, mas com ligeira melhora do rival húngaro. Zoltan equilbrou o combate e quase triunfou na etapa, mas Falcão reagiu e conseguiu vencer por 5 a 4, aumentando a diferença de pontos para cinco e embalando ainda mais.

Na última parte do combate, o público viu o húngaro reagir novamente e, mesmo tendo levado sequência de golpes que fez o árbitro quase abrir contagem contra ele, conseguir vencer por 4 a 3, resultado que deu o triunfo por 14 a 10 ao brasileiro e o classificou à decisão.

Agora, Falcão terá pela frente o britânico Anthony Ogogo, que bateu o alemão Stefan Hartel na luta anterior por 15 a 10. Caso vença, Esquiva se credencia a disputar um inédito ouro olímpico ao Brasil no boxe.

 

 Classificação no hipismo 

 

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Apesar da resultado ruim do Brasil na competição de saltos por equipes, o País contará com dois participantes na final da competição individual. Alvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, e Rodrigo Pessoa estão entre os 33 conjuntos que passaram para a final, que será disputada na próxima quarta-feira.

Doda sofreu oito pontos por punição, e como tinha zerado o percurso nas outras duas fases eliminatórias, terminou em 11º no geral, ao lado de outros 11 conjuntos. Rodrigo Pessoa, montando Rebozo, teve cinco pontos de penalização, e com mais outros cinco das duas fases anteriores, encerrou com 10 pontos. O campeão olímpico no individual em Atenas (2004), e bronze por equipes em Sydney (2000) e Atlanta (1996), terminou em 25º lugar.

A fase final é dividida em duas partes. Na primeira, com as pontuações zeradas, os 20 melhores conjuntos avançam para a segunda parte. Nesta fase, o pódio é definido utilizando as pontuações das duas finais. A liderança nas eliminatórias ficou com o britânico Nick Skelton e os holandeses Maikel van der Vleuten e Marc Houtzager. Os três percorreram o percurso nas três vezes sem cometer erros.

Eliminação no nado sincronizado

A dupla brasileira do nado sincronizado Nayara Figueira e Lara Teixeira ficou perto de se classificar para a final dos Jogos Olímpicos de Londres, na manhã desta segunda-feira, no Centro Aquático da capital britânica. Elas conquistaram a nota 87.000, um pouco abaixo dos 87.100 do último domingo. Porém, com a soma de 174.100 as brasileiras acabaram na 13ª colocação e ficaram de fora da decisão da competição entre as 12 melhores duplas.

As atletas, que não chegaram à final da Olimpíada de Pequim, em 2008, e foram bronze nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, tiveram sua apresentação bastante aplaudida pelo público presente na capital britânica.

A dupla russa, Natália Ishcenko e Svetlana Romashina, terminou a fase de classificação em primeiro lugar com a nota 196.800. Em segundo vieram as chinesas Xuechen Huang e Ou Liu, com 192.810, seguidas pelas espanholas Ona Carbonell Ballestero e Andrea Fuentes Fache, com 192.590.

Ouro na ginástica

 

 

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Candidato à medalha nos Jogos Olímpicos de Londres, o brasileiro Arthur Zanetti fez história na ginástica nacional e garantiu muito mais do que o primeiro pódio para a modalidade em um evento deste nível. Nesta segunda-feira, na North Greenwich Arena, o ginasta realizou uma segura apresentação nas argolas, com nota de partida alta, tirou 15.900 e conquistou o ouro, superando o chinês Yibing Chen, campeão olímpico em Pequim e prata nesta segunda-feira. O bronze ficou com o italiano Matteo Morandi.

Primeiro classificado durante as eliminatórias, o chinês Yibing Chen pressionou os adversários logo no início da decisão. Campeão olímpico em 2008 nas argolas, o ginasta asiático realizou uma grande apresentação e tirou 15.800, uma grande nota. Em seguida, o argentino Federico Molinari falhou na saída e teve a pontuação final prejudicada ao terminar com 14.733. Outro favorito, o russo Aleksandr Balandin cometeu falhas e finalizou com 15.666.
 
Depois do chinês, a segunda grande apresentação da tarde em Londres ficou a cargo do italiano Matteo Morandi. O ginasta ficou com 15.733 e assumiu o segundo posto. Na sequência, o búlgaro Iovan Iovtchev, mais velho atleta na decisão com 39 anos, não cravou a saída das argolas e recebeu apenas 15.108 pontos dos juízes da decisão. O portorriquenho Tommy Ramos, em seguida, tirou 15.600 e não entrou no grupo dos medalhistas.
 
Antes da apresentação do brasileiro, o russo Denis Ablyazin, outro dos favoritos ao pódio, arrancou aplausos empolgados do público, mas cometeu um pequeno erro na saída que comprometeu a nota, que permaneceu em 15.633. Responsável por encerrar a competição, Zanetti dominou a prova. Com uma nota de partida alta e uma apresentação extremamente segura, o brasileiro convenceu os árbitros e somou 15.900 pontos, número suficiente para garantir a segunda medalha de ouro do País nos Jogos – a primeira foi conquistada por Sarah Menezes, do judô.
 
Zanetti diz que ficha não caiu e espera abrir portas para ginastas
 
Minutos depois de conquistar a medalha de ouro na Olimpíada de Londres e ouvir o Hino Nacional no lugar mais alto do pódio, Arthur Zanetti ainda não havia tido a dimensão de seu feito. Em entrevista à TV Record concedida logo após o título olímpico nas argolas, o ginasta disse que a ficha não havia caído. Ele já tinha uma esperança, porém: que o resultado abra as portas do esporte para o surgimento de novas revelações.
 
"Não caiu porque estou pensando: ‘será que é minha mesmo?’", disse Zanetti, com um sorriso no rosto e a medalha no peito. "É minha, vejo que ela é minha, consegui conquistar isso e não é só para mim, é para todos os meus amigos lá em São Caetano", prosseguiu o atleta, 22 anos, nascido na cidade do ABC Paulista. Ele respondeu "com certeza" quando questionado se o grande desempenho pode mudar a história da ginástica no Brasil. "Provavelmente vai abrir muitas portas para todos os ginastas. É uma felicidade porque não vem de um ano, dois ou quatro anos, vem desde que comecei minha carreira na ginástica. Depois de muito treino consegui esse feito".
 
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