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O nadador americano Michael Phelps, dono de 16 medalhas olímpicas (14 delas de ouro), precisa apenas subir duas vezes ao pódio nos Jogos de Londres-2012 para superar o recorde da ginasta russa Larissa Latnynina, que conquistou 18 medalhas entre 1956 e 1964.

Phelps ficou com seis ouros e dois bronzes em Atenas-2004 e fez história em Pequim-2008, ao conquistar oito títulos olímpicos, superando o recorde do seu compatriota Mark Spitz (sete ouros em Munique-1972) para uma única edição.

– Conheça os atletas com o maior número de medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos de verão (ouro + prata + bronze):

1. Larissa Latynina (URSS), ginástica (1956-1964) 18 (9 + 5 + 4)
2. Michael Phelps (EUA), natação (2004-2008) 16 (14 + 0 + 2)
3. Nikolai Andrianov (URSS), ginástica (1972-1980) 15 (7 + 5 + 3)
4. Boris Shaklin (URSS), ginástica (1956-1964) 13 (7 + 4 + 2)
5. Edoardo Mangiarotti (Itália), esgrima (1936-1960) 13 (6 + 5 + 2)
6. Takashi Ono (Japão), ginástica (1952-1964) 13 (5 + 4 + 4)
7. Paavo Nurmi (Finlândia), atletismo (1920-1928) 12 (9 + 3 + 0)
8. Birgit Fischer (Alemanha), canoagem (1980-2004) 12 (8 + 4 + 0)
9. Sawao Kato (Japón), ginástica (1968-1976) 12 (8 + 3 + 1)
10. Jennifer Thompson (EUA), natação (1992-2004) 12 (8 + 3 + 1)
 
Anti-heróis olímpicos
 
No outro extremo, a anos-luz da briga por medalhas e do brilho de grandes campeões, os Jogos Olímpicos proporcionaram momentos emocionantes com atletas convidados através de cotas para garantir a representação do seu país apesar de terem resultados muito abaixo da elite do esporte mundial.
 
O exemplo mais marcante foi o nadador Eric Moussambani, da Guiné Equatorial, que nos Jogos de Sydney-2000 teve até que recorrer ao estilo ‘cachorrinho’ e por pouco não se afogou na piscina quando completou a prova dos 100 m nado livre em 1 minuto 52 segundos e 72 centésimos, mais de um minuto acima dos demais competidores.
 
Ele tinha aprendido a nadar apenas alguns meses antes da competição. Com sua ‘façanha’ em Sydney, virou celebridade e ganhou até o patrocínio de uma marca de equipamentos de natação. Na mesma edição, sua compatriota Paula Barila Bolopa também chamou atenção ao obter o pior tempo da história nos 50 m nado livre, em 1:03.97.
 
Esses atletas representam o ideal de um dos lemas do Barão Pierre de Coubertin, o pai dos Jogos Olímpicos modernos, que disse num discurso que "o importante não é vencer, mas competir", inspirado num sermão do Bispo da Pensilvânia, Ethelbert Talbot, durante uma missa celebrada durante os Jogos Londres-1908. No entanto, os mais críticos rejeitam o sistema de convites baseado em cotas por países, alegando que contraria outro lema olímpico, "Citius, Altius, Fortius (Mais rápido, mais alto, mais forte).
 
Até o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o belga Jacques Rogge, chegou a declarar que era contra a participação de atletas que não têm o nível desejado para competir com os demais. "Queremos evitar o que aconteceu na natação em Sydney (com Moussambani e Bolopa). O público adorou, mas eu não gostei", declarou o dirigente na época.
 
Além dos nadadores da Guiné Equatorial, outro atletas se “destacaram” por ter completado provas de fundo muito acima do tempo dos melhores, como o afegão Abdul Baser Wasiqi (último colocado na maratona olímpica de Atlanta-1996 em 4 horas, 24 minutos e 17 segundos). Já o haitiano Charles Olemus correu a prova dos 10.000 metros dos Jogos de Montreal-1976 em mais de 42 minutos.
 
Outro momento memorável foi a participação de uma jamaicana de bobsled na Olimpíada de inverno de Calgary-1988. Os “Rasta Rockett” atrairam a atenção da mídia e inspiraram até um filme, “Jamaica abaixo de zero”, de 1993.
 
Os jamaicanos foram imitados pelos brasileiros, que nos Jogos de Turim-2006 participaram da mesma modalidade com o “Frozen Banana Team” (Bananas Congeladas).
 
Acompanhe a cobertura completa dos Jogos de Londres pelo site: istoe2016.com.br.