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NINGUÉM ENTRA
Se o sistema criado pelos americanos não reconhecer as digitais,
o rosto e os gestos do usuário, a porta não abre

Imagine uma vida sem senhas ou chaves. Ao chegar em casa, um dispositivo reconhece o seu rosto, a sua voz e os seus gestos. Só depois disso é que a porta se abre. Em outra ocasião, no trabalho, você recebe uma mensagem no seu smartphone mostrando que há um entregador em frente a sua residência. Remotamente você faz o reconhecimento do funcionário e até mesmo do conteúdo do pacote. A partir daí, é só pressionar um botão para autorizar ou não a sua entrada (leia quadro).

A tecnologia para tornar isso possível já está aí. A Intel apresentou o protótipo “life without keys” (vida sem chaves) em seu evento anual em São Francisco, nos Estados Unidos. A novidade está em combinar vários sistemas de biometria – o reconhecimento de padrões do corpo, como as digitais, a íris, o formato da cabeça – que já existem isoladamente. “Quanto mais padrões diferentes de reconhecimento estiverem combinados, menor é a chance de fraude”, avalia Fábio Leto Biolo, sócio-diretor da Smartsec, empresa que trabalha com sistemas biométricos no Brasil.

Segundo Biolo, o risco de usar o reconhecimento de atributos separadamente, como a face ou a impressão digital, é a chance do chamado falso positivo. Alguns sistemas de identificação, por exemplo, não reconhecem se o dedo é de uma pessoa real. “Então um ladrão pode chegar com um protótipo feito de silicone e entrar. O mesmo pode ser feito em alguns casos com a foto de um usuário”, alerta. Ao unir vários atributos, a Intel dificulta demais a vida dos larápios.

Outra novidade apresentada pela empresa e que pode diminuir a circulação de chamarizes de ladrões é um dispositivo que transforma qualquer superfície em tela sensível ao toque. O usuário pode projetar fotos numa parede, por exemplo, e agrupar ou modificar o tamanho das imagens. A tecnologia também pode ser usada em superfícies como mesas. Assim, não é preciso ficar andando com o laptop pra lá e pra cá. Com os dois lançamentos, a empresa espera colaborar para um futuro em que as únicas chaves necessárias sejam as das celas dos presídios.

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