21/06/2012 - 11:33
Primeiro vieram os brinquedos, depois os animais, os super-heróis e os monstros. Mas em "Valente" ("Brave", no original), pela primeira vez o estúdio Pixar mostra uma princesa, uma figura dominante no cinema de animação desde "A Bela Adormecida" da Disney. A Pixar, que construiu sua reputação com filmes que subvertem os padrões da animação tradicional, demorou sete anos para produzir "Brave", que estreia na sexta-feira nos Estados Unidos e em 20 de julho no Brasil.
O processo foi excepcionalmente longo para um filme, que provocou algumas dores de cabeça nos executivos do estúdio. Por muito tempo eles manifestaram insatisfação com o longa.
Após cinco anos de desenvolvimento, o americano Mark Andrews retomou o controle do projeto das mãos de Brenda Chapman – uma veterana da animação que passou pela Disney e DreamWorks antes de chegar a Pixar -, com o lema "me apresentem uma boa história", como contou à AFP.
A Pixar, geralmente elogiada pela qualidade dos roteiros, enfrentou um desafio duplo com "Valente": fazer um filme sobre uma princesa (um gênero trabalhado durante décadas pela Disney, a casa matriz da Pixar) e confiar o papel principal, pela primeira vez na história do estúdio, a um personagem feminino.
Andrews garante que não é mais difícil trabalhar com uma heroína que com um herói. "Sempre é um desafio, independente do personagem, sempre é um problema caracterizá-lo", disse. "Que o personagem seja um homem, uma mulher, um pássaro ou um lagarto não tem importância. A questão é qual é a mensagem, como provocar empatia no público. Isto sempre é difícil", completou.
"Brave" segue as aventuras da princesa escocesa Merida, uma jovem de caráter forte que rejeita as tradições familiares, em particular o casamento acertado com um dos herdeiros da corte. Decidida a convencer a mãe, Elinor, guardiã das tradições, a mudar de ideia, pede a ajuda de uma bruxa, que lança um feitiço sobre a rainha tão poderoso como indesejado e obriga assim Merida a revisar suas prioridades.