452597-Rio-20-Cursos-Gratuitos-2012-1.jpg

O C-40, grupo formado pelos prefeitos das principais metrópoles do mundo, chegou a um consenso. Na abertura do encontro no Forte de Copacabana, na zona sul do Rio, os gestores de 59 cidades definiram que vão reduzir em 1 bilhão de toneladas a emissão de CO2 até 2030.

Para se ter uma ideia, este número representa o que países como México e Brasil, juntos, vão emitir na atmosfera nos próximos 18 anos. "Isso ajuda a enfrentar as mudanças climáticas e a melhorar a qualidade de vida nas nossas cidades", afirmou o líder do grupo, o prefeito de Nova Iork, Michael Bloomberg. Ao todo, prefeitos e delegações de 33 grandes cidades estão representadas no encontro, que definiu ainda uma meta de redução de 400 milhões de toneladas de gases do efeito estufa até 2020.

"É uma grande honra receber este evento e podermos discutir as melhorias para as grandes cidades do mundo", disse o prefeito Eduardo Paes, anfitrião do encontro, ao lado também do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, de Curitiba, Luciano Ducci, de Buenos Aires, Maurício Macri, de Seul, na Coréia do Sul, Won Soon Park, dentre outros.

Os últimos números do Climate Leadership Group (C40) dão conta de que, somente em 2010, as grandes cidades mundiais emitiram 1,7 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera, e sem medidas efetivas para o controle esta quantia atingiriam, na escala crescente, a enorme quantidade de 2,3 bilhões em 2020, e 2,9 bilhões em 2030.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

As metrópoles do grupo são responsáveis hoje pela emissão de 14% dos gases de efeito estufa. A diferença é que os prefeitos das cidades têm autonomia de 75% no controle destas emissões, o que facilita o anúncio de medidas coletivas e individuais.

As 59 metrópoles que incorporam o C40 representam 544 milhões de habitantes nos dias atuais, ou 8% da população mundial. As riquezas que o grupo junto produz, no entanto, reflete bem a importâncias das grandes cidades no contexto mundial: em 2011, eles produziram US$ 13 trilhões, que equivalem a 20% do PIB mundial.

Sobre a Rio+20 

Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Composta por três momentos, a Rio+20 vai até o dia 15 com foco principal na discussão entre representantes governamentais sobre os documentos que posteriormente serão convencionados na Conferência. A partir do dia 16 e até 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. Já de 20 a 22 ocorrerá o Segmento de Alto Nível, para o qual é esperada a presença de diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.

 


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias