3121, com Prince (Universal) – O cantor americano, que nos anos 90 abdicou do nome e passou a identificar-se por meio de um símbolo, voltou a fazer boa música. Na dúzia de canções desse novo disco, que entrou direto nos primeros lugares da parada americana, a sua mistura de funk, soul, gospel, dance, jazz, rock e latinidades se mostra mais energética que nunca. Estão lá os mesmos teclados envenenados (Lolita, Black sweat), o show de vozes superpostas (3121), as baladas suingadas (Te amo corazón) e as guitarras que devem muito a Jimi Hendrix (Fury). Em algumas faixas, Prince vem acompanhado de sua banda, na qual se destaca o sax de Maceo Parker. Apresenta também uma nova cantora, a bela Tamar. Mas, no geral, toca todos os instrumentos e cuida dos vocais. E agradece, no encarte, à glória de Jeová.