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UNIVERSIDADE COLÚMBIA
Estrela do ensino superior de Nova York abriu escritório no Rio de Janeiro

A sensação é de que foi dada a largada para uma corrida. Hoje, para algumas das melhores universidades americanas, abrir escritório no Brasil é prioridade – nem que a maior conquista, neste momento, seja só fincar bandeira por aqui. Há um esforço das instituições de ensino superior de lá para estreitar os laços com o País, que vem ganhando importância no cenário mundial. Na semana passada, o movimento chegou ao ápice durante a visita da presidenta Dilma Rousseff aos Estados Unidos. Em suas passagens pelos campi da Universidade Harvard, tida como a melhor do mundo, e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), referência em engenharia, foram firmados acordos para facilitar a circulação de professores e alunos e acelerar a troca de ideias. “O Brasil tem de correr muito para estar à altura dos desafios que nos apresentam no caso da ciência, tecnologia e inovação”, disse Dilma durante palestra em Harvard. Acordos de cooperação com a Universidade de Chicago e a Universidade Colúmbia, ambas americanas, também foram firmados.

Ainda não se sabe, ao certo, como as parcerias funcionarão. As universidades envolvidas têm dado poucos detalhes. “É provável que os escritórios funcionem como centro de recrutamento de alunos daqui para estudar no Exterior”, explica Elizabeth Balbachevsky, especialista em ensino superior do Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas da Universidade de São Paulo. Mas, se as parcerias dessas mesmas instituições com outras nações e suas universidades servem de parâmetro, podemos esperar mais.

Da parceria entre o MIT e a Universidade Nacional de Cingapura, por exemplo, brotou uma pesquisa inédita a respeito de metais que se comportam como um vidro, que acabou publicada na renomada revista “Science”. Ela foi assinada por pesquisadores do país asiático e dos Estados Unidos. Já do centro de estudos da Universidade Harvard na China, inaugurado em 2010, surgiu um levantamento, feito com parceiros locais, que revelou novidades sobre o vírus que deu origem à gripe aviária. As condições demográficas únicas da potência asiática também têm permitido que pesquisadores americanos estudem os impactos do envelhecimento sobre a economia em uma escala sem precedentes. Em breve, será a vez de o Brasil se beneficiar desse sistema de troca acadêmica.

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