chamada.jpg

Há menos de um ano, Dominique Strauss-Kahn era o homem forte do Fundo Monetário Internacional, emergia como o grande negociador da crise econômica europeia e liderava com folga as pesquisas para a sucessão de Nicolas Sarkozy na presidência da França. Hoje, é um desempregado curvado por escândalos sexuais. Tudo começou em maio com a denúncia de estupro de uma camareira do Hotel Sofitel, em Nova York. Strauss-Kahn foi preso e teve o fim de sua carreira decretado pelo episódio. Na semana passada, Kahn voltou às manchetes. Ele foi detido pela polícia para depor sobre uma rede de prostituição de luxo que atendia hóspedes do Hotel Carlton em Lille, no norte da França.

Foi por meio do empresário Fabrice Paszkowski que as investigações chegaram a Strauss-Kahn. Os dois trocaram torpedos sobre a presença de “amigas” em orgias realizadas em hotéis e clubes de swing de Washington, Madri, Viena, Praga e Bruxelas. Como na França a prostituição é legalizada, o que os promotores suspeitam é de que as orgias ocorridas entre 2009 e 2011 teriam sido financiadas com dinheiro desviado de empresas. Embora Strauss-Kahn tenha negado participação no esquema e tenha sido liberado após 30 horas de detenção, ele será formalmente acusado por cumplicidade.

img.jpg
AS ENVOLVIDAS
Da esq. para a dir.: Nafissatou Diallo, Tristane Banon, Aurélie Filippetti
e Piroska Nagy, as mulheres que fizeram Kahn “perder a cabeça”

O caso Carlton de Lille retoma histórias passadas do antigo chefe do FMI. Depois da prisão em Nova York, da qual se livrou ao desembolsar US$ 6 milhões, Strauss-Kahn viu a escritora Tristane Banon denunciar uma tentativa de estupro ocorrida em 2002. Também se envolveram com o sexagenário a economista Piroska Nagy e a deputada socialista Aurélie Filippetti. O apetite sexual de Strauss-Kahn tem transformado sua figura em embaraço para o Partido Socialista, que o ignora na atual campanha eleitoral francesa. Quem tem faturado com as aventuras sexuais de Kahn é o hotel Lille Carlton, que virou atração turística para os visitantes do norte do país.

img1.jpg