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O surgimento das primeiras células no oceano é uma ideia tão bem aceita que os cientistas que buscam vida fora da Terra a procuram justamente em planetas cobertos por água. Uma pesquisa divulgada na semana passada mostra que a busca será ainda mais difícil a partir de agora. Segundo o estudo, a origem da vida teria se dado em pequenas poças sobre o solo, próximas a campos geotermais, conhecidos como gêiseres. O conceito de que os seres vivos surgiram de uma combinação de certos elementos químicos é uma unanimidade. Esses organismos muito simples teriam se isolado, criado metabolismo próprio e a capacidade de se reproduzir. Para uma corrente de cientistas, essa “sopa primordial” teria surgido perto de jatos d’água quente que nascem em fissuras no leito do oceano.

A equipe de Armen Mulkidjanian, pesquisador da Universidade de Osnabrück (Alemanha), notou que havia discrepâncias entre as proporções de algumas formas de elementos químicos dentro das células atuais e em ambientes marinhos e terrestres em geral. Segundo os cientistas, a proporção de íons nas células de hoje reflete a composição do ambiente em que elas se formaram há bilhões de anos. As condições químicas das células não são compatíveis com as dos oceanos, e sim com zonas dominadas por vapor de gêiseres como, por exemplo, os que existem no Parque Nacional de Yellowstone, nos EUA.

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