Arquitetura da flor, com Francis Hime (Biscoito Fino) – O maestro, compositor e pianista carioca Francis Hime gravou as 12 canções deste novo trabalho com um quinteto de piano, baixo, guitarra, bateria e percussão – e algumas intervenções de sopros. A sonoridade é extremamente enxuta e valorizou as composições. A maioria delas é inédita; só há duas regravações: A dor a mais (última parceria de Francis com Vinicius de Moraes) e Palavras cruzadas (feita com Toquinho nos anos 80). O CD Arquitetura da flor é fiel ao samba e, aliás, o próprio nome do disco é um samba homônimo com letra de Geraldinho Carneiro. Outro samba é Amor alheio, música de Francis para os versos de Abel Silva. O grande destaque é Sem saudades (em dueto com Zélia Duncan), cuja letra, de Cartola, Francis recebeu de presente de uma neta do compositor numa feijoada na Mangueira.
 

DVD
A expressão da dor

Almas perversas (Aurora) – Na Nova York dos anos 40, um velho caixa de escritório (Edward G. Robinson) se apaixona por uma prostituta (Joan Bennet) que passa a enganá-lo orientada por um homem que explora a prostituição.
Burocrata de segunda-feira a sexta-feira e pintor nos fins de semana, o homem apaixonado tem as suas telas furtadas pela prostituta – e ela se torna uma artista famosa. A partir daí, a história é uma seqüência de roubos, humilhações, assassinatos e loucura. Ninguém sai “limpo” desse filme noir (do alemão Fritz Lang) que leva para o pós-guerra americano o universo torturado do expressionismo. É a mesma história que fora filmada em A cadela (1931), pelo francês Jean Renoir.
 
 

Cinema
Tempo bom na tela

Árido movie (Em cartaz no Rio de Janeiro e em São Paulo na sexta-feira 14) – O personagem Jonas (interpretado por Guilherme Weber) trabalha numa emissora paulista fazendo a previsão meteorológica. Mas tem de viajar ao Vale do Rocha, no sertão pernambucano, para acompanhar o enterro de seu pai. Ao chegar à região, Jonas descobre que o pai era um homem odiado e que fora assassinado – cabendo a ele, então, vingar a sua morte. Em Vale do Rocha desembarcam também uma videomaker (Giulia Gam), que está no encalço de um místico (vivido pelo diretor Zé Celso), e alguns amigos de Jonas – entre eles o engraçado Bob (Selton Mello), mais interessado nas plantações de maconha do local. Nas mãos do pernambucano Lírio Ferreira, o choque entre o moderno e o arcaico vira uma paródia de faroeste com música brega e um toque de cinismo no estilo do americano Quentin Tarantino.


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