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NO ALTAR
Roma parou para a beatificação de João Paulo II, conduzida por seu sucessor, Bento XVI

Nada melhor do que um santo pop para chacoalhar o deserto de vocações e fiéis que se tornou a Igreja Católica na Europa do século XXI.
E o Vaticano escolheu a dedo o embaixador celestial para essa tentativa de ressurreição evangélica do Velho Continente. João Paulo II foi alçado à condição de beato em tempo recorde, seis anos após sua morte, em 2 de abril de 2005. Foi a beatificação mais rápida da história e a primeira vez que um sucessor, no caso Bento XVI, beatificou seu antecessor. O evento durou três dias, de 30 de abril a 2 de maio, reuniu cerca de um milhão de pessoas e transformou Roma numa feira de suvenires do pontífice polonês a céu aberto.

A causa foi evidentemente priorizada, mas não se descumpriu nenhum trâmite do rigorosíssimo processo imposto pela Santa Madre, garantem os vaticanistas. Até porque o candidato em questão é profícuo em milagres. O postulador da causa, monsenhor Slawomir Oder, afirmou ter recebido mais de 1,5 mil relatos convincentes de graças atribuídas a João Paulo II.