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VOZ DAS RUAS
Jovem grita em marcha anticorrupção em Brasília:
a popularidade da presidenta aumentou depois da faxina

Nunca se viu na política brasileira um fenômeno parecido. Ao longo de seis meses de 2011, foram afastados seis ministros envolvidos em algum tipo de falcatrua (Nelson Jobim, da Defesa, também caiu, mas por dar declarações que desagradaram à presidenta Dilma Rousseff). Embora evite falar em faxina ética, Dilma administrou com sucesso o que poderia se tornar uma crise institucional e mostrou autonomia ao afastar executivos que herdou do governo Lula. Da meia dúzia de ministros caídos, todos pertenceram ao gabinete anterior e foram mantidos no cargo por sugestão do ex-pre­sidente. Ao cortar na própria carne, a presidenta contou, na maioria dos casos, com a participação ativa dos meios de comunicação. Quase todos os ministros caíram em meio ao pesado bombardeio de denúncias, muitas delas feitas por ISTOÉ (leia quadro). A ação rápida da presidenta ajudou a aumentar sua popularidade. Desde a posse, seus índices de aprovação dispararam. “Dilma enviou à sociedade o recado de que não vai fechar os olhos para a corrupção, como outros presidentes fizeram”, diz o cientista político David Fleischer, da UnB.

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