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O cineasta Fernando Meirelles volta à telona com “360”, filme que recebeu críticas em seu lançamento no Festival de Cinema de Londres. À coluna, ele minimiza a questão, diz que sua responsabilidade é internacionalizar o cinema brasileiro e revela como se engajou na campanha contra a aprovação do Código Florestal, que conta com estrelas como Rodrigo Santoro e Wagner Moura mesmo sem ter pago cachê a ninguém.

Por que seu novo filme, “360”, foi tão criticado no Festival de Londres?
Acredito que se criou uma expectativa porque o Peter Morgan escreveu o roteiro e por ter atores famosos como o Jude Law e Anthony Hopkins. Não fosse por isso, as pessoas até achariam bacana.
O Brasil está sempre inserido em seus filmes. É proposital?
Isso é a minha cota de responsabilidade com o cinema brasileiro. Não participo de política e leis. A minha contribuição é ajudar a internacionalizar o nosso cinema. Preferiria trabalhar só no Brasil. Quando dirijo em outra língua é meio em braile: eu não tenho controle. Mas faço filme fora por uma questão prática.
Como surgiu a campanha do projeto Floresta Faz a Diferença?
Tivemos a ideia de pedir para alguns amigos gravarem um depoimento de casa, em vez de deslocar uma equipe. Deu certo! A adesão foi praticamente na hora. Fizemos uma campanha grande e com nomes como Rodrigo Santoro e Gisele Bündchen de uma forma sustentável. Enquanto a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) gastou R$ 15 milhões para a campanha “Eu sou agro”, gastamos apenas R$ 400
em um café da manhã de lançamento.
(Assista aos vídeos no www.florestafazadiferenca.org.br)


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