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Um bom projeto para o ano da Itália no Brasil seria convidar Massimo Vitali para fotografar um baile funk carioca. Discotecas, piscinas públicas, festas populares, domingos de praia, piqueniques no jardim e visitas a atrações turísticas estão entre as especialidades desse fotógrafo que começou a registrar grandes aglomerações sociais em 1993, após ter trabalhado durante duas décadas como fotojornalista e diretor de fotografia em filmes ­publicitários. Mas, desde que elegeu a fotografia de grande formato como instrumento e a paisagem invadida pelo turismo como tema, suas imagens mais parecem composições pictóricas, em que cada personagem tem sua ação e posicionamento milimetricamente estudados. Como acontece nas grandes telas renascentistas. O fato é que Vitali dá à sua lente a qualidade de pincel.

A construção de uma linguagem própria rendeu-lhe reconhecimento como artista e suas obras foram assimiladas pelas coleções Guggenheim, Centre Pompidou, Foundation Cartier, entre outras. Hoje suas multidões captadas em praias italianas, em praças florentinas e nas Ramblas barcelonesas podem ser vistas pela primeira vez no Brasil na Baró Galeria, em São Paulo. Não perca. 


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