O carioquíssimo artífice de Bolinha de sabão, parceria com Adilson Azevedo e sucesso em vozes tão distintas quanto a de João Gilberto, na verdade é catarinense de Itajaí e só conheceu o Rio de Janeiro aos nove anos, em 1946. Criado no centro, aterrissou na zona sul quando a bossa nova já era moeda corrente e seu sambalanço, com o ritmo marcado por um molho de chaves, virou coqueluche nas boates da moda. Embora afastado das paradas, Orlandivo nunca parou de se apresentar e neste disco, arranjado e produzido por Henrique Cazes, aproveita para lançar o sambaflex, “samba-rock, funk-samba de jazz”. Herdeiro do maestro Waldir Calmon e aparentado de Jorge Benjor, Orlandivo faz música para dançar. Ouça sem parar.