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O Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman definiu assim o que se passou no dia 15 de setembro de 2008: “Pela primeira vez, coloco um ponto de interrogação no futuro dos Estados Unidos.” A data em questão ficou marcada pelo pedido de concordata do banco centenário Lehman Brothers, enfraquecido pela falta de capital e pelo peso de empréstimos imobiliários de má qualidade. Mais do que isso, como mostrou reportagem de ISTOÉ, o anúncio da quebra foi o estopim da crise que levou pânico aos mercados e forçou o governo dos Estados Unidos a montar pacotes bilionários de ajuda a empresas em situação pré-falimentar. Gigantes como General Motors, AIG e Citigroup só sobreviveram graças ao socorro do governo americano – e os efeitos nas contas públicas são sentidos ainda hoje, embora parte do dinheiro tenha sido devolvida. A crise teve impactos globais. Um estudo realizado pela Comissão Europeia estima em US$ 500 bilhões as perdas acumuladas por alguns dos principais bancos do planeta. O mesmo relatório concluiu que, desde então, mais de cinco milhões de empregos evaporaram nos países ricos. Para Krugman, só daqui a uma década será possível saber com exatidão o tamanho dos estragos.
 


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