chamada.jpg 

Primeiro presidente eleito pelo voto direto depois da ditadura militar, Fernando Collor entrou para a história também como o primeiro presidente da República a sofrer um impeachment. Deixou o cargo em 2 de outubro de 1992. A imagem de “caçador de marajás”, do jovem e impetuoso governador de Alagoas que prometera estabilidade econômica com um único e certeiro tiro no dragão da inflação, começou a ruir dois anos depois com a descoberta das peripécias nada republicanas de seu ex-caixa de campanha, o empresário Paulo César Farias. Com o aval de Collor, PC organizou um poderoso esquema de corrupção, cobrando propina em troca de tráfico de influência no governo.

img.jpg

Em meio às acusações de corrupção dentro e fora do Palácio do Planalto, o mandato de Collor não resistiu à pressão popular e sucumbiu diante das revelações do motorista da Presidência, Eriberto França, publicadas por ISTOÉ. Em reportagem exclusiva, depois reafirmada na CPI, Eriberto revelou que PC bancava as despesas da família do presidente, como a compra de um Fiat Elba e a famosa reforma na Casa da Dinda, um imóvel particular transformado em residência oficial. Eleito por um partido nanico, o PRN, e sem base de sustentação no Congresso, Collor perdeu as condições políticas de se manter no poder e saiu pela porta dos fundos (foto). Pediu que o helicóptero sobrevoasse a capital, mas não teve seu último desejo atendido.

img1.jpg
EDIÇÃO HISTÓRICA
Reportagem de ISTOÉ com o motorista Eriberto derrubou Collor

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias