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A hiperinflação acumulada no ano de 1989 foi de 1.782,9%, um recorde nacional. Nesse cenário, Fernando Collor de Mello prometeu durante a campanha à Presidência da República um plano de ataque frontal à inflação. No dia seguinte à sua posse, em 16 de março de 1990, a sua equipe anunciou o mais truculento pacote econômico do País (foto). O pacote oficialmente chamado de Plano Brasil Novo logo ficou conhecido como Plano Collor pelo impacto negativo que as medidas inéditas de estabilização geraram na sociedade. A mais traumática foi o desastroso confisco da poupança e de todas as aplicações financeiras acima de 50 mil cruzados novos – cerca de R$ 6 mil. Segundo a intransigente ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, o bloqueio serviria para reduzir o dinheiro em circulação na economia e inibir o consumo. O resultado foi que muita gente não teve dinheiro sequer para pagar hospitais ou comprar remédios. Na ocasião, ISTOÉ criticou as mudanças nas regras da poupança e condenou o confisco. Até fevereiro de 2010, milhares de correntistas ainda recorriam à Justiça solicitando a restituição de suas perdas. O Plano Collor foi além do confisco. Criou o IOF, eliminou incentivos fiscais e extinguiu vários órgãos governamentais. Algumas mudanças, no entanto, como o câmbio flexível e a abertura econômica, vieram para ficar.

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