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As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo caíram 14,3% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou nesta segunda-feira o sindicato que representa o setor imobiliário na capital paulista, Secovi-SP. Já em relação a junho, as vendas ficaram praticamente estáveis, com leve alta de 0,2%. Nos sete primeiros meses do ano, as vendas acumulam queda de 28,6% ante o mesmo intervalo em 2010, totalizando 14.402 unidades.

A velocidade de vendas, medida pela relação de venda sobre oferta (VSO) ficou em 16,9% em julho, abaixo da média apurada em todo o ano passado, de 23,2%, quando "havia grande demanda reprimida, o que puxou o índice para patamares recordes", assinala o Secovi em nota. "O resultado não surpreende, já que, em 2010, o País atravessava uma situação de recuperação econômica, com índices de crescimento acima da média", afirma o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.

O segmento de dois dormitórios respondeu por cerca de metade do volume comercializado em julho, com 1.346 unidades comercializadas. Em termos de valores, a capital paulista contabilizou R$ 1,3 bilhão em vendas de imóveis residenciais novos em julho, incremento de 6,8% sobre o mês anterior.

"Esta diferença vem diminuindo gradativamente desde o começo do ano… A expectativa é de que continue reduzindo, tendo em vista que o segundo semestre costuma ter melhor desempenho em relação ao primeiro", acrescenta Petrucci.

Lançamentos

Em julho, foram lançados 2.732 imóveis residenciais em São Paulo, número 13,7% menor na comparação mensal, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). Sobre o mesmo mês do ano passado, os lançamentos cresceram 5,8%.

Os imóveis de dois dormitórios também lideraram os lançamentos em julho, com participação de 51,4% do total. No acumulado de janeiro a julho, foram lançadas 16.724 unidades em São Paulo, alta anual de 3,5%.