Reunindo 50 fotos, a mostra coroa o trabalho iniciado em 1992 pela fotógrafa paulistana Rosa Gauditano, que na época fotografou para uma revista a aldeia Pimentel Barbosa, no Mato Grosso. Preocupados com a preservação de suas tradições e animados com os postais feitos para os ianomâmis, os caciques pediram-lhe que documentasse as cerimônias de iniciação espiritual das crianças. As fotos originaram dois volumes, um livreto de 42 páginas e 32 fotos, com texto da cientista social Camila Gauditano, feito exclusivamente para os xavantes, e Raízes do povo xavante (Edição do autor, 144 págs., 120 fotos, R$ 80), com textos de Anna Carboncini, Cristina R. Durán e do cacique Sereburã. O belo volume inclui imagens da cerimônia Wai’á, que só ocorre a cada 15 anos, registrada por sorte em março deste ano, quando Rosa levou os livros para serem revisados pelos índios. Durante a mostra estão sendo exibidos os filmes Tem que ser curioso e Saúde bucal, realizados pelo professor e videomaker xavante Caimi Waiassé.