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TRATAMENTO
O ator será submetido a sessões de quimioterapia

Todo ano, cerca de 350 mil pessoas no mundo recebem o mesmo diagnóstico ouvido pelo ator Reynaldo Gianecchini na quarta-feira 10: têm linfoma não Hodgkin. O tumor, que ataca os linfonodos (armazenam células de defesa), é um dos que mais crescem. Nos últimos 25 anos, sua incidência mundial dobrou. A causa da elevação intriga os cientistas. “Em cerca de 90% dos casos, não encontramos explicação para a doença”, aponta a médica Jane Dobbin, chefe do Serviço de Hematologia do Instituto Nacional do Câncer.

Dentre as correlações conhecidas estão deficiências no sistema imunológico e alguns fatores ambientais. As primeiras relacionam-se a falhas nas defesas do corpo, causadas por doenças, infecção por algumas bactérias ou vírus (como o HIV) ou determinados remédios (como os usados para evitar a rejeição de órgãos após transplantes). Já entre os fatores ambientais está a exposição a alguns herbicidas e inseticidas. “E o aumento aconteceu entre todas as faixas etárias e sem distinção significativa entre população urbana e rural”, diz Carlos Chiattone, diretor da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. Infelizmente, não há uma medida específica de prevenção – apenas as recomendações habituais, como alimentar-se bem.

Internado no Hospital Sírio-Libanês (SP), Gianecchini espera pelo resultado de exames para saber ao certo o tipo de linfoma não Hodgkin que possui. “São mais de 25 tipos, muito diferentes tanto na agressividade quanto nas possibilidades de tratamento”, explicou Vladmir Cordeiro de Lima, do Hospital A.C. Camargo (SP). Há desde variações do linfoma não tratáveis a algumas em que se curam 90% dos pacientes – caso da presidente Dilma Rousseff, diagnosticada com um linfoma em 2009. 

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