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De 77 voos internacionais programados para sair do Brasil até o meio-dia desta segunda-feira, 22 (28,6%) foram cancelados e outros 14 (18,2%) registraram atrasos superiores a 30 minutos, segundo informações do site da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Os voos para Argentina e Uruguai estão sendo prejudicados pelas cinzas do vulcão Puyehue, no Chile.

O aeroporto mais afetado é o Internacional de São Paulo, em Guarulhos, com dez voos cancelados. Em seguida vem o Galeão, no Rio de Janeiro, com sete cancelamentos. Os aeroportos de Brasília, Campinas e Florianópolis registraram um voo suspenso cada. Ainda de acordo com a Infraero, dos 20 voos cancelados, cinco eram da Gol e três eram da TAM.

Outras partidas de companhias que operam no Uruguai, Argentina e Chile foram afetadas no aeroporto de Guarulhos. Das nove partidas da Aerolíneas Argentinas com destino a Buenos Aires, oito foram canceladas e uma não foi confirmada. Outro voo da Lan para a capital argentina foi cancelado. Da Pluna, dois voos para Montevidéu já foram suspensos.

Nuvem de cinzas

Ingressou no Rio Grande do Sul, durante as primeiras horas da manhã desta segunda-feira, uma nova nuvem de cinzas oriundas do vulcão chileno Puyehue. A informação é divulgada pelos institutos Somar e Metsul Meteorologia. Segundo as empresas, o material vulcânico chegou ao Brasil pelas fronteiras com a Argentina e o Uruguai entre 4h e 8h. Com o problema, as companhias TAM e Gol cancelaram todos os voos previstos na manhã desta segunda rumo aos dois países.

"A densidade da nuvem de cinzas é semelhante ao que é registrado no Uruguai e Argentina, mas só atinge a metade sul do estado, onde, em tese, está inviabilizado o tráfego aéreo", detalhou o meteorologista da Somar Celso Oliveira. Segundo ele, os municípios gaúchos mais atingidos nesta manhã são Chuí, Pelotas e Bagé.

O último boletim da Força Aérea Brasileira (FAB) sobre a movimentação das nuvens, divulgado às 6h20, informa que as cinzas do vulcão entraram no espaço aéreo da Argentina e do Uruguai, incluindo as capitais do dois países, e o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) "monitora atentamente a evolução do quadro pela proximidade com a região sul do país".

Segundo a Metsul, imagens de satélite mostram que desta vez as cinzas vulcânicas se deslocam em altitudes mais baixas do que na semana passada. A circulação indica que as operações no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, podem ser afetadas nas próximas 48 horas.

O instituto não descarta, inclusive, que ocorram chuvas de cinzas no Rio Grande do Sul entre hoje e amanhã com "pequena acumulação na superfície". A circulação de vento intensa em altitude, conforme o órgão, joga a nova nuvem "rapidamente em direção ao Centro e o Norte da Argentina assim como para o Sul do Brasil".