13/05/2011 - 21:00
VIRADA
J.C. Davies e seus homens: a ex-aluna de Harvard se reinventou com o sexo
1- JUDEU
PRÓS
– Tem senso de humor
– Generoso, paga sempre a conta
– Paciente
CONTRAS
– Exageradamente ligado à família
– Fala muito alto
– Pessimista
– Acumula muita tralha porque tem dificuldade de jogar as coisas fora
NA CAMA
– Respeita a mulher
– Faz sexo oral
– Quieto na hora do sexo
2- LATINO
PRÓS
– Não tem dificuldade para demonstrar sentimentos e afeto
– Sabe e gosta de dançar
– Paga a conta
CONTRAS
– Ciumento, possessivo e cabeça quente
– Acha que a mulher tem que servi-lo
– É infiel
NA CAMA
– Se preocupa com o prazer da parceira
– Gosta de discutir para, depois, fazer as pazes com sexo quente
– Faz sexo como se estivesse lutando, com puxões de cabelo e apertões
– Gosta de oferecer sexo oral
3- INDIANO
PRÓS
– Quer compromisso
– Não tem pressa de levar a mulher para a cama
– Gosta do jogo da conquista
– Raramente se divorcia
CONTRAS
– Tem um cheiro peculiar, que remete a curry
– Casamentos são geralmente arranjados
– Acha que mulher tem que ser submissa
NA CAMA
– Conservador
– Tem preconceito contra o sexo antes do casamento
– É romântico
– Gosta de sexo oral
4- NEGRO
PRÓS
– Gosta de mulheres com curvas e não se importa com os quilinhos a mais
– Tem o jeito mais sexy de andar
– Dá valor à família
CONTRAS
– Nem sempre paga a conta
– Evita conflito, por isso, prefere desaparecer em vez de discutir o relacionamento
– Está sempre flertando com outras mulheres
NA CAMA
– Preocupa-se com o orgasmo feminino
– Gosta de fazer sexo oral
– É fascinado por pés
5- ASIÁTICO
PRÓS
– Não tem pressa de levar a mulher para a cama
– Se interessa em conhecer realmente a parceira
– Generoso, costuma pagar a conta
– Bem-sucedido e dedicado à carreira
CONTRA
– Espera submissão da mulher
– Tem dificuldade para expressar o que sente
– Demora para construir intimidade
– É materialista
NA CAMA
– Não gosta de área genital depilada
– Pensa mais no próprio prazer
– Não gosta de fazer sexo oral
Os latinos são mesmo bons de cama? Os asiáticos costumam ser mais tímidos entre os lençóis? Os negros têm o órgão sexual maior do que a média? As respostas para essas e outras perguntas que povoam o imaginário feminino estão no polêmico livro “I Got the Fever: Love, What’s Race Gotta Do With It?” (“Tenho sede de amor: o que a raça tem a ver com isso?”, na tradução livre), lançado há dois meses nos Estados Unidos pela ex-analista de investimentos de Wall Street J.C. Davies. Politicamente incorreta, a obra tenta explicar, através de experiências da autora e entrevistas com amigos e até prostitutas, as peculiaridades no comportamento de homens de diferentes raças no relacionamento com o sexo oposto.
Durante um ano, a agora expert em relacionamentos inter-raciais entrevistou nova-iorquinos sobre sexo, juntou o know-how de 20 anos com namorados de outras raças – um latino, alguns negros e atualmente um judeu – e resolveu escrever o que chama de primeiro guia prático sobre sexo e etnias. “Meu objetivo é reduzir o medo das pessoas, ajudá-las a se sentirem mais confortáveis e incentivá-las a experimentar o diferente”, explica J.C. Davies, hoje com 42 anos, que mergulhou no projeto depois de perder o emprego com a crise que os Estados Unidos enfrentaram em 2008. Segundo ela, embora o comportamento não seja determinado apenas pela cultura, há muitas características em comum entre homens de uma mesma raça.
Sobre os latinos, ela concluiu que eles são sim os mais “calientes” entre quatro paredes. “Podem ser viciantes, com eles você nem precisa fingir (orgasmo), porque eles fazem sexo loucamente com você”, afirma no livro. “Loucamente” se traduz em puxões de cabelo, apertões e até tapas. “É como se estivessem lutando”, compara. São passionais, no bom e no mau sentido, ou seja, a paixão que os faz expressar com facilidade os sentimentos é a mesma que os leva a sentir ciúme e tratar a companheira como propriedade. No extremo oposto estariam os asiáticos, sem pressa de levar a pretendente para a cama. “Com eles, é preciso ir com calma”, ensina.
Em geral, o maior choque cultural ocorre com a comida e a língua. Mas, para J.C.Davies, esses problemas são contornáveis e a experiência de viver outra cultura é gratificante. “A raça sempre foi uma questão menor nos meus relacionamentos e certamente não foi a causa dos términos”, diz a especialista, que chegou a ouvir que tinha problemas mentais por só se relacionar com negros. “As pessoas têm medo, porque acham que não vai dar certo e também temem a reprovação”, conclui. Na opinião dela, as mulheres rejeitam pessoas de outras raças sem nem considerar a possibilidade. “O homem dos seus sonhos pode vir em qualquer formato, tamanho, cor ou cultura, então é preciso olhar em volta, sair da zona de conforto.”
Quanto aos negros, o livro derruba o estereótipo de que têm órgãos sexuais enormes. A autora os delimita num “na média”. Na hora do sexo, se preocupam em satisfazer a parceira e não gostam das muito magras. Enquanto latinos e negros são resistentes a assumir compromisso, os indianos buscam o casamento, normalmente arranjado entre as famílias, e condenam o sexo antes do matrimônio. “Eles costumam ser muito leais”, diz Davies. Os judeus, por fim, são divertidíssimos, pacientes e, ao contrário do senso comum, generosos financeiramente.
Criticada por reforçar os estereótipos e até acusada de racismo, a autora rebate: “Não é possível dar conselhos práticos e reais sobre raça e cultura sendo pudica e politicamente correta.” Na opinião de J.C. Davies, essa discussão nunca avançará se cada vez que alguém tocar no assunto for tripudiado com críticas desse calibre. Apesar do embate, é a polêmica que está alimentando o sucesso do livro. A obra pode virar filme ou um programa de televisão e ela já planeja escrever outros três livros sobre o tema. A ex-estudante de Harvard provavelmente não volta para o universo do mercado financeiro tão cedo. Estudar os meandros das relações homem e mulher, afinal, está sendo, além de bem mais divertido, muito lucrativo.