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Cerca de 160 mil médicos de todo o país que atendem pacientes com planos de saúde vão suspender consultas e procedimentos agendados para essa quinta-feira (7), quando se comemora o Dia Mundial da Saúde. O objetivo é a valorização do trabalho médico, da assistência em saúde oferecida pelos planos. Além disso, a categoria questiona o baixo salário e a forma como médicos e os pacientes são tratados pelas empresas de plano de saúde.

Os médicos estimam o aumento de R$ 60 a ser pago por consulta. Atualmente, a maioria dos planos de saúde paga entre R$ 25 e R$ 40 por consulta, podendo ter alteração nos valores de região para região.

De acordo com o presidente da Associação Médica de Brasília (AMBr), Lairson Vilar Rabelo, o ato de paralisar durante 24h nesta quinta-feira é uma forma de defender um atendimento com mais qualidade aos cidadãos. “Devemos mostrar para a população que essa paralisação também é em beneficio dela, pois os planos de saúde interferem diretamente no trabalho do médico para a saúde do usuário”, disse. Segundo ele, as interferências criam obstáculos para a solicitação de exames e internações, pressão para a redução de procedimento, a antecipação de altas e transferências de pacientes.

Para o membro Antônio Carvalho da Silva, do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, os médicos exigem respostas dos planos de saúde para corrigir a interferência antiética na autonomia do trabalho médico. “Os médicos atendem em média, nos seus consultórios, oito planos ou seguros-saúde, e toda vez têm aborrecimento com essas empresas por demorarem a liberar marcação de consulta, ou equipamentos cirúrgicos”, disse.

Os planos e seguros de saúde no Brasil são responsáveis pelo atendimento de 45,5 milhões de pessoas. O número de médicos que atendem pelos planos é de aproximadamente 160 mil. Nesta quinta-feira (7), haverá um ato público com objetivo de reforçar a união da classe e mostrar para a população e a imprensa a pauta de reivindicações. A concentração será as 9h30 no Centro Clinico Sul em Brasília.