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Os governos da China e da Coreia do Sul anunciaram nesta terça-feira que detectaram pequenas quantidades de iodo radioativo procedentes da central nuclear japonesa de Fukushima. Na China, vestígios de iodo 131 radioativo foram detectados nas províncias costeiras do sudeste do país, de Xangai a Guangxi, assim como em Anhui, segundo o ministério do Meio Ambiente.

De acordo com o governo, não era necessária a adoção de nenhuma medida de proteção. Além disso, o ministério da Saúde pediu às autoridades de 14 regiões, incluindo Pequim e Xangai, que façam análises de radioatividade na água e nos produtos consumidos pela população.

Na Coreia do Sul, vestígios de iodo radioativo foram detectados em Seul e em outros sete lugares do país, mas em quantidades muito pequenas que não representam perigo para a saúde pública e o meio ambiente. O governo sul-coreano iniciou uma análise dos peixes pescados no país para detectar uma possível contaminação.

Estado de alerta

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, disse nesta terça (29) que o governo japonês se mantém em “estado de alerta máximo” na tentativa de administrar os problemas causados pelas explosões e vazamentos radioativos. Os acidentes ocorreram depois do terremoto seguido por um tsunami, no último dia 11, no Nordeste do Japão.

As informações são das agências públicas de notícias do Japão, a NHK, e de Portugal, a Lusa. “[O governo] vai atacar esse problema num estado de alerta máximo”, disse Kan. O primeiro-ministro afirmou ainda que a situação na usina é “imprevisível”, pois ainda há um esforço grande para manter o sistema de esfriamento dos reatores.

Kan foi ao Congresso do Japão no momento em que os parlamentares aprovaram o orçamento de US$ 1 trilhão para o ano fiscal de 2011 – a começar na sexta-feira (1º). O presidente da Câmara, Takahiro Yokomichi, disse que a aprovação do orçamento ocorreu de acordo com a Constituição do Japão.

Para Kan, boa parte dos recursos deve ser utilizada para a reconstrução das áreas afetadas pelo terremoto seguido por tsunami no Nordeste do Japão. Kan disse também que o governo pretende apresentar um projeto complementar de orçamento para 2011 ainda em abril. Ele negou aumento de impostos na tentativa de levantar recursos.

Mas o primeiro-ministro sugeriu rever a previsão de redução de impostos e ações. Kan indicou ainda que o governo pode adiar o prazo (até então, junho) para promover as reformas nos sistemas de Previdência Social e impostos.