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HUMOR

As melhores charges dos EUA

Uma seleção das charges publicadas nas últimas oito décadas pela revista americana The New Yorker está sendo lançada no Brasil. A compilação consiste em seis livros temáticos. Saem agora os três primeiros volumes intitulados Cachorros, Gatos e Terapia (Desiderata, 96 págs., R$ 49,90 cada um) e em julho chegam às livrarias outros três temas: Médicos, Advogados e Dinheiro. As edições trazem tirinhas de grandes nomes do humor americano, entre eles Leo Cullum (charge acima), Saul Steinberg e Charles Addams (Família Addams). Criada em 1925, a revista sempre se identificou com o estilo de vida nova-iorquino. É uma das publicações mais respeitadas dos EUA e a primeira a conferir ao cartum o status de arte.

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LIVROS

Três anarquistas

Um era farmacêutico, o outro sapateiro e o último, alfaiate. Tinham um passatempo em comum: escreviam peças de teatro. O mineiro Avelino Fóscolo, o ítalo-argentino Pedro Catallo e o espanhol Marino Spagnolo abordavam de forma didática e cativante a condição social dos trabalhadores e a emancipação feminina. Eles têm agora seus textos reunidos na Antologia do teatro anarquista (Martins Fontes, 320 págs., R$ 45).

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+5 Cartunistas

HENFIL

O humor ferino e debochado do escritor e desenhista mineiro produziu personagens inesquecíveis, como Graúna, Zeferino e Fradinhos

LAERTE

Entre os personagens do cartunista paulista estão o anti-herói Overman, o urbano Homem-catraca e os cínicos Gato e Gata

CHARLES SCHULTZ

O artista gráfico americano é autor da série Peanuts e dos personagens Charlie Brown e seu cão Snoopy

QUINO

Com histórias traduzidas para mais de 20 idiomas, Mafalda é a estrela do chargista argentino

GUIDO CREPAX

O cartunista italiano criou histórias erotizadas e protagonizadas por mulheres. Valentina é a mais famosa

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CINEMA
Relatos de guerra

Milagre em St. Anna, de Spike Lee (estreia na sexta-feira 1º), é inspirado no massacre de civis italianos pelos nazistas, ocorrido no vilarejo de Sant’Anna de Stazzema, na Toscana. Começa nos tempos atuais, em Nova York, quando um veterano de guerra americano atira num estrangeiro e é preso. O seu passado como um dos quatro soldados que combateram na Itália numa divisão formada por negros é então relatado. A abordagem da guerra é realista e tem como contraponto o olhar incômodo do garoto Ângelo, um sobrevivente da chacina.

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CINEMA II
O doente e a janela

O cineasta argentino Carlos Sorin ficou conhecido por situar suas "histórias mínimas" (nome de um de seus filmes) no extremo sul da Argentina. Em A janela, ele muda a paisagem e escolhe como cenário uma estância na cidade de Bahía Blanca, próximo a Buenos Aires. O proprietário, um escritor de idade avançada (Antonio Larreta), recupera-se de um infarto e aguarda a visita do filho, um famoso pianista. O enredo lembra Morangos silvestres, de Ingmar Bergman, mas fica em um registro lírico, menos filosófico.

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MÚSICA
Pet Shop Boys não muda. E nem precisa

Chega um momento na carreira de artistas consagrados em que a renovação não é só bem-vinda, mas obrigatória. Com mais de 20 anos de estrada (30 milhões de discos vendidos), a dupla inglesa Pet Shop Boys nem cogita isso. Yes, seu novo CD, é mais um ótimo disco de temas dançantes e um pouco tristonhos.

E tem a participação do guitarrista Johnny Marr, ex-Smiths, em algumas faixas. Faltou a canção We ara all criminals now, homenagem ao brasileiro Jean Charles de Menezes (morto em Londres), que saiu num single e não foi incluída nesse CD.
 

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AGENDA
SHIRLEY VALENTINE
(CCBB, São Paulo, até 21/6) Betty Faria volta aos palcos nesse monólogo sobre uma mulher que redescobre o prazer da vida numa viagem à Grécia

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POR UM FIO
(Sesc Consolação, São Paulo, até 10/5) – Regina Braga e Rodolfo Vaz narram as histórias dos pacientes do médico Dráuzio Varella reunidas no livro homônimo

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CINEPE
(Recife, a partir de 27/4) – O diretor grego naturalizado francês Costa-Gravas abre o festival com o seu filme Eden in west