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Nancy Proctor é a diretora de novas mídias e editora digital do Smithsonian Institution, uma das maiores instituições educativas dos Estados Unidos, localizada em Washington D.C.
O Smithsonian é composto de diferentes museus e galerias, incluindo a Freer and Sackler Galleries, que, ao lado de 17 grandes museus do mundo, é integrante do recém-lançado Google Art Project. Durante mais de um ano, ela acompanhou a equipe de cinegrafistas e fotógrafos do Google que perscrutou todos os cantos da galeria.

De que maneira o Google está modificando o modo de explorar a arte em um ambiente online?
Muitos sites de museus ao redor do mundo disponibilizam o acesso às suas coleções através de recursos que permitem ao usuário escolher os trabalhos artísticos de que mais gostam e manter assim uma relação de edição e gosto com esses acervos. Isso tem um uso didático para professores ou estudantes que estão fazendo uma pesquisa a distância e que querem estudar certo artista ou certo movimento artístico. Na internet, você pode achar imagens ou informações sobre o trabalho, mas a diferença do Google Art Project é permitir que se cruzem informações ou se escolham trabalhos ao mesmo tempo e de diferentes museus com imagens em altíssima resolução. Além disso, é um projeto que recebeu e recebe muito mais divulgação do que qualquer site particular de museu.

O Google Art Project enfrentou problemas com os direitos autorais para a reprodução de imagens de alguns artistas?
O problema com os direitos autorais não é apenas dos museus. Ele acontece quando você tem um trabalho de um artista que ainda não faleceu ou não completou 70 anos de sua data de falecimento. Os direitos de imagem ficam retidos pelas famílias ou organizadores
de espólios. Grande parte destes trabalhos não pôde ser incluída dentro da visualização pelo Google Art Project porque os custos de liberação das imagens eram muito altos. No caso da galeria Freer and Sackler do Smithsonian, não pudemos exibir grande parte do nosso acervo de arte moderna produzida durante o século XX devido ao fato de a data para o domínio público ainda não ter sido atingida.