Mariko Mori – Oneness/ Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília/ de 25/1 a 3/4
 

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ESTEREOTIPO
Mariko Mori, ex-modelo, interpreta a cerimônia do chá

 

Acordar, lavar o rosto, vestir-se apropriadamente e colocar-se em alerta para enfrentar mais um dia de trabalho. Essa é a rotina típica de um estado beta de consciência. Mas, quando algo inesperadamente relaxante acontece, algo próximo a uma frequência meditativa, ou a um estado contemplativo, ondas alpha são ativadas. Ao sonhar acordado, entra-se em theta. Mas é em delta que a consciência se apaga e a velocidade das ondas cerebrais chega a zero. Para vivenciar e reconhecer os quatro principais estados do funcionamento cerebral de uma só vez, recomenda-se entrar em “Wave UFO”, escultura penetrável que integra a exposição “Oneness”, uma antologia de trabalhos da artista japonesa Mariko Mori. Nessa cápsula interativa de arquitetura futurista, o visitante terá suas ondas cerebrais transformadas em cores por um programa computacional. A noção budista de unidade, que aproxima todos os seres viventes, é a base de “Wave UFO” e da maior parte das obras expostas em Brasília até 3 de abril.

Mariko surgiu no contexto da arte internacional em meados dos anos 90, junto ao aclamado Takashi Murakami. Antes de se tornar artista, trabalhou como modelo em Tóquio e estudou moda em Londres. A partir de sua experiência como modelo de suas próprias criações, iniciou uma série de autorretratos em que interpreta diferentes papéis e estereótipos femininos da cultura japonesa, como as garotas dos mangás, as gueixas durante a cerimônia do chá e outras “realidades criadas”. “O mundo da moda é um fenômeno social e assim como a tecnologia é uma realidade artificial”, diz a artista, que trocou Tóquio por Nova York porque diz não haver encontrado no Japão o ambiente para sua liberdade de expressão.

Mariko Mori - Oneness