Mais de 35 milhões de pessoas no mundo sofrem da doença de Alzheimer, mal que tem como uma de suas principais marcas a perda de memória. A quantidade de atingidos deverá dobrar a cada duas décadas. Por isso, há um grande investimento dos cientistas para decifrar os mecanismos da doença com o intuito de chegar a formas de conter seu avanço. Pesquisadores do Instituto Gladstone de Doenças Neurológicas (EUA) testaram com sucesso em animais uma forma de terapia genética para atenuar os déficits de memória que a doença causa. A técnica foi usada para avaliar o papel dos níveis da enzima EphB2, composto que participa da troca de mensagens entre os neurônios.

A substância desempenha um papel relevante na memória e aparece em menores quantidades quando há déficit nessa função. No trabalho, publicado na revista científica “Nature”, os cientistas usaram a terapia gênica para reduzir os níveis do composto em ratos saudáveis. Viram, então, que a redução produz efeitos semelhantes ao Alzheimer. Ao aumentar a quantidade nos ratos com sintomas da doença, a memória melhorou bastante. “Isso sugere um caminho para manter as células nervosas comunicando-se corretamente”, disse Rebecca Woodm diretora do Alzheimer’s Research Trust.

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