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A polícia britânica e os serviços de segurança de vários países sabem onde está Julian Assange, afirmou o advogado britânico do fundador do Wikileaks, sem confirmar explicitamente o paradeiro de seu cliente. O advogado Mark Stephens fez a declaração à AFP depois que o jornal The Times informou que a Scotland Yard sabia a localização de Assange – supostamente no sudeste da Ingletarra -, mas não pôde detê-lo por um erro na redação da ordem de prisão emitida pela Suécia. "A Scotland Yard sabe onde ele está, os serviços de segurança de vários países sabem onde ele está", declarou Stephens à AFP. "A polícia (britânica) está sendo um pouco evasiva em suas respostas, mas sabe exatamente como entrar em contato com ele, assim como a procuradoria sueca", completou o advogado, que trabalha em Londres.
Ao ser questionado a respeito das informações sobre o suposto paradeiro no sudeste da Inglaterra, respondeu: "Não disse isto. Não estou dizendo onde está".

A Suprema Corte da Suécia negou-se nesta quinta-feira a examinar o recurso apresentado pelo fundador do WikiLeaks contra a ordem de prisão internacional por estupro e agressão sexual e, portanto, confirmou a ordem de prisão. "A Suprema Corte analisou o expediente e concluiu que não havia motivos para examinar o recurso", afirmou a mais alta instância sueca.

Em 18 de novembro, a justiça sueca emitiu uma ordem de prisão contra o australiano com o objetivo de interrogá-lo "por suspeitas razoáveis de estupro, agressão sexual e coerção" em relação a um caso que remonta ao mês de agosto. Além disso, a polícia sueca anunciou que emitirá uma nova ordem de prisão internacional contra Julian Assange. "Temos que renovar o pedido. É um erro de procedimento, concordamos. A promotora Marianne Ny vai escrever um novo pedido", informou Tommy Kangasvieri, da Polícia Criminal Nacional sueca.

O advogado sueco de Assange, Bjorn Hurtig, afirmou que o australiano não aceitará uma extradição para a Suécia se for detido na Grã-Bretanha. "Ao lado de meu colega britânico Mark Stephens e com especialistas internacionais, combateremos os mandados de extradição se Julian Assange for detido", disse Hurtig.

De acordo com o jornal britânico The Times, um erro na redação do mandado de prisão sueco contra Julian Assange, permitiu ao australiano escapar de uma detenção na Grã-Bretanha. Segundo o jornal, a polícia britânica tinha conhecimento da localização de Assange – no sudeste da Inglaterra -, mas não pôde agir em função dos erros no mandado de prisão sueco. A Interpol informou na terça-feira que emitiu um pedido de captura internacional contra Julian Assange, procurado na Suécia por uma investigação de "estupro e agressão sexual". Assange vive entre a Grã-Bretanha e a Suécia.

Entenda a polêmica

O WikiLeaks, uma página da internet especializada em revelar documentos secretos, iniciou no domingo a publicação de 250.000 telegramas da diplomacia americana, o que provocou a revolta do governo dos Estados Unidos e gerou reações em todo o mundo, especialmente dos Estados envolvidos nas revelações.