Confira vídeo em que a repórter Larissa Veloso compara os aparelhos :

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DIVIDIDA
Depois de comprar um iPad, a blogueira
Ana Paula testa as funções do Galaxy Tab

 

O iPad finalmente chegou às lojas brasileiras na sexta-feira 3. O aparelho, que mistura as funções de um notebook com a agilidade de um smartphone e tem cara de e-book, já havia virado sensação entre os aficionados por tecnologia de todo o mundo em abril, quando foi lançado pela Apple nos EUA. Depois de desbravar o segmento dos tablets, computadores portáteis que funcionam apenas com uma tela sensível ao toque, mais de quatro milhões de unidades do iPad foram vendidas nos últimos três meses em todo o planeta. Esse número inclui alguns milhares de consumidores brasileiros, uma vez que muita gente foi buscar o seu lá fora. Foi o que fez a empresária e blogueira Ana Paula Cavagnoli, 35 anos. Apaixonada pela máquina, ela não quis esperar 30 dias pela entrega do produto. “Estava em Miami e encontrei um ex-namorado que havia acabado de comprar o dele. Implorei e ele acabou vendendo para mim e ficando com o que chegaria depois”, conta.

Mas o cenário que o iPad encontra no Brasil não é o mesmo de oito meses atrás. Apoiada na ansiedade do consumidor e na popularidade gerada por um aparelho totalmente novo, a Samsung lançou o Galaxy Tab, o maior concorrente da Apple na categoria atualmente. O preço é o primeiro atrativo: o novo tablet pode sair até por cerca de R$ 1.100, contra R$ 1.600, valor mais barato do iPad até o momento. Além disso, como a Samsung já fez parcerias com Vivo, Claro e TIM, o Galaxy Tab pode custar ainda mais barato se comprado direto das operadoras, em conjunto com pacotes que, em compensação, podem obrigar o consumidor a aceitar um plano mais caro. Consultadas pela reportagem de ISTOÉ, as três empresas e a operadora Oi afirmaram que ainda não possuem pacotes de serviços para disponibilizar internet 3G para o iPad.

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Com várias funcionalidades diferentes, como a possibilidade de realizar chamadas telefônicas e uma câmera de 3,1 MP, o Galaxy Tab parece um smartphone gigante. Mas não é. “Por ser menor, no primeiro momento a impressão não é legal. Mas, quando comecei a usar, percebi que ele tem um desempenho tão bom quanto o aparelho da Apple”, analisa Rodrigo Toledo, advogado que hoje ganha a vida com o blog especializado em tecnologia que leva seu nome. Lançado no fim de setembro na Europa, um mês depois nos EUA e há duas semanas no Brasil, estima-se que o aparelho já tenha vendido 600 mil unidades – dado que a assessoria brasileira da Samsung não confirma.

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A maior diferença entre os dois produtos realmente salta aos olhos à primeira vista: o tablet da Apple tem o tamanho aproximado de uma revista, enquanto o da Samsung está mais para um pequeno livro de anotações. Na prática, isso altera as situações nas quais se usa o aparelho. “Você pode segurar o Galaxy Tab com uma mão e manuseá-lo com o polegar. Posso fazer isso enquanto como alguma coisa ou estou com uma mão ocupada”, descreve Henrique Martin, editor do portal Zumo, especializado em novidades eletrônicas. Ele recebeu um aparelho da própria Samsung para testar. Trocaria seu notebook por ele? “Talvez substituísse meu telefone. Acho difícil usá-lo para escrever textos longos”, responde Martin.

A segunda maior diferença entre os dois aparelhos está na forma como ambos permitem acessar o conteúdo. Como vários produtos da Apple, os aplicativos que funcionam no iPad são apenas aqueles produzidos pela empresa. Portanto, quem tem a máquina pode usar apenas o iTunes para escutar música, o Safari para navegar na internet, e assim por diante. Já no caso do Galaxy Tab, qualquer programador com conhecimento suficiente é capaz de desenvolver aplicativos para a máquina. Mas a questão deve ser relativizada. Se por um lado o Galaxy Tab permite mais diversidade de escolhas, por outro o iPad tem mais chances de rodar programas seguros e sem falhas.

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Vale lembrar que, quando se trata de tecnologias completamente novas, não basta apenas o investimento nas funções do aparelho. É preciso que o mercado se desenvolva para atender à nova demanda. Um exemplo: não adianta criar um leitor de livros digitais de última geração se as livrarias só vendem exemplares em papel. O Galaxy Tab, por exemplo, vem com exemplares de e-books já no aparelho, disponibilizados pela Livraria Cultura. Mas só será possível baixar novas obras por meio do tablet da Samsung em 2011. Como o iPad teve como antecessor o celular iPhone, já existem aplicativos nesse ramo e o consumidor pode comprar e baixar um novo livro direto no aparelho. Fica o conselho: antes de escolher o seu, avalie suas necessidades e, se possível, faça um test-drive.

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MANIA
Só nos últimos três meses, a Apple
vendeu quatro milhões de iPads

 

 


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