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A operação da Polícia Militar (PM) realizada em várias comunidades do Rio de Janeiro para combater a violência dos últimos dias prendeu nesta quinta-feira 11 suspeitos. Além das detenções, foram apreendidos materiais explosivos. Segundo o Corpo de Bombeiros, cinco veículos foram incendiados entre o fim da manhã e meio da tarde desta quinta.
Duas pessoas foram detidas e um menor apreendido em Botafogo, onde foram localizados três garrafas pet com gasolina. Outras duas foram detidas em Vila Isabel, onde também foi encontrado um objeto semelhante.
Seis bananas de dinamite e seis espoletas foram apreendidas em Cavalcante, onde dois suspeitos foram presos. No Morro do Galão, uma pessoa foi detida, assim como em Porto da Madama.
Outro suspeito foi preso em Mangueirinha. No local, a polícia também encontrou um galão de gasolina, um isqueiro, corda e um carro. Em Chatuba, assim como na Barra da Tijuca, uma pessoa foi presa. Na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Pavão Pavãozinho, foram encontradas 500 munições.

 

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Estadual de vôlei

A Federação de Vôlei do Rio de Janeiro adiou a final do Campeonato Carioca que seria disputada nesta quinta-feira, entre Unilever e Macaé Sports, no ginásio do Tijuca Tênis Clube. A entidade tomou a decisão motivada pelo clima de insegurança na capital fluminense.
A partida, que teria início às 21 horas, ainda não tem data para ser realizada. A Unilever busca seu oitavo título na competição, sob o comando do técnico Bernardinho. A equipe conta ainda com a líbero Fabi, a levantadora Dani Lins, a meio-de-rede Carol Gattaz e a oposta Sheilla, da seleção brasileira, vice-campeã mundial no Japão.
veículos incendiados
Pelo menos 28 veículos foram incendiados nesta quinta-feira (25) em várias regiões do Rio de Janeiro, segundo balanço da Polícia Militar (PM). De acordo com a corporação, foram queimados 11 carros, 11 ônibus, duas motos, dois caminhões e duas vans. Em um dos ataques, na Tijuca, zona norte da cidade, um ônibus foi incendiado e o cobrador teve 80% do corpo queimado. Conforme a PM, ele foi levado para o Hospital de Andaraí.
Também nesta quinta, um falso alarme de bomba esvaziou os 42 andares do prédio sede do Banco do Brasil, no centro da capital fluminense. Os funcionários da mesa de operação chegaram a ser deslocados outro prédio do banco, para não interromper a atuação de mercado. O edifício sede, próximo à Cinelândia e ao lado do Quartel General da PM, foi totalmente esvaziado enquanto agentes do Esquadrão Antibombas vasculhavam os andares. Nada foi encontrado.

Escolas
Alunos de 21 escolas e 12 creches ficaram sem aula nesta quinta no Rio em razão da série de atentados dos últimos dias. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 17 escolas e 12 creches suspenderam as atividades no turno da manhã. A maioria dessas unidades, que atendem 12.414 alunos, estão localizadas na zona norte da cidade.
A Secretaria de Estado de Educação afirmou que, até o momento, foram fechadas quatro unidades escolares estaduais no município do Rio. Todas estão localizadas na zona norte. O número de alunos prejudicados não foi informado. Em nota, a secretaria ressaltou que os conteúdos das aulas serão repostos.

Vila Cruzeiro

Dezenas de criminosos tentavam escapar da Vila Cruzeiro por volta das 15 horas da tarde desta quinta-feira (24). Fortemente armados, eles corriam para pegar carros que circulavam pela favela da zona norte da capital fluminense. A movimentação foi flagrada pela TV Globo, que transmite as imagens ao vivo dos confrontos.
O coronel Lima Castro, porta-voz da Polícia Militar (PM), informou que os blindados da Marinha estão se locomovendo para a região onde estão esses suspeitos. Contra a onda de ataques dos últimos dias na capital fluminense, a PM iniciou nesta quinta uma ação contra traficantes na Vila Cruzeiro. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) utiliza seis veículos blindados da Marinha na ação.

Marinha

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, autorizou que o comando da Marinha forneça apoio logístico ao governo do Rio de Janeiro durante o combate às ações criminosas que vem sendo realizadas no Estado desde o último domingo (21). O pedido não envolve mobilização de tropas da Força, mas apenas meios de transporte e a guarnição necessária à operação e manutenção dos veículos. Os policiais poderão utilizar veículos blindados, armamento e munição.
Para coibir os ataques, o governo do Rio disse que a Polícia Militar (PM) irá intensificar nesta quinta-feira (25) as operações em locais estratégicos. A corporação vai fazer comboios, patrulhamento nas ruas da cidade, haverá mais blitz e o efetivo retirado da área administrativa continuará atuando na zonas sul e oeste e na Grande Niterói. Também haverá aumento do policiamento na Tijuca e no Méier.
Conforme já anunciado, a primeira medida da PM foi reduzir folgas e colocar nas ruas policiais em condições de serviço, que trabalham na área administrativa. Estão sendo empregados 1.625 carros de polícia, além de 190 motos. A partir de hoje, mais 60 viaturas vão circular na região metropolitana.

Imprensa internacional
A onda de violência na cidade do Rio de Janeiro ganhou destaque na mídia internacional, nesta quinta-feira, após o reforço de tanques militares em operações da polícia na favela Vila Cruzeiro, no bairro da Penha.
O jornal espanhol El País coloca a seguinte manchete em sua edição eletrônica: "Rio leva tanques para as favelas em uma batalha decisiva contra o narcotráfico", em uma matéria com fotos dos blindados na favela.
O jornal afirma que apesar do apelo feito pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), para que a população retomasse sua rotina, as praias da zonal sul, "área nobre e rica", amanheceram com pouco movimento de veículos particulares e ônibus vazios.
O jornal cita a entrevista do ex-capitão do Bope e roteirista do filme Tropa de Elite 2, Rodrigo Pimentel, ao Terra Magazine, na qual lapidou a frase "Rio, agora ou nunca", ao falar sobre as incursões da polícia carioca.
O periódico inglês The Guardian faz um relato das incursões policiais na quarta-feira, que haviam deixado ao menos 14 mortos, incluindo uma menina de 14 anos, "morta enquanto navegava na internet", diz trecho da matéria.
Segundo o jornal inglês, as mortes foram geradas por "prolongados combates armados entre a polícia e traficantes de drogas… durante uma série de ações, incluindo uma favela que serve de quartel general para a maior quadrilha de traficantes da cidade".
A publicação relata que a onda de violência começou como resposta do Comando Vermelho à implantação das Unidades de Polícia Pacificadora nas favelas. A publicação cita ainda a declaração de um policial não identificado que afirma que haverão novos ataques.
O francês Le Monde também destaca na capa de sua edição eletrônica a invasão de tanques na favela Vila Cruzeiro. "Brasil: polícia enviou tanques à entrada de uma favela no Rio", diz o título da matéria recheada de fotos dos confrontos. A estatal britânica BBC também dá destaque ao uso de veículos blindados da marinha nas operações policias em favelas cariocas para conter a "onda de violência".

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Histórico
Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis abordaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha, na altura da rodovia Washington Luis. Eles assaltaram os donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer) que andava em velocidade reduzida devido a uma pane mecânica. A quadrilha chegou a arremessar uma granada contra o utilitário Doblò. O ocupante do veículo, o sargento da Aeronáutica Renato Fernandes da Silva, conseguiu escapar ileso. A partir de então, os ataques se multiplicaram.
Na segunda-feira, cartas divulgadas pela imprensa levantaram a hipótese de que o ataque teria sido orquestrado por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O governo do Rio afirmou que há informações dos serviços de inteligência que levam a crer no plano de ataque, mas que não há nada confirmado. Na terça, a polícia anunciou que todo o efetivo foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Foram registrados 12 presos, três detidos e cinco mortos.
Na quarta-feira, com o policiamento reforçado e as operações nas favelas, 15 pessoas morreram em confronto com os agentes de segurança, 31 foram presas e dois policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) se feriram, no dia mais violento até então. Entre as vítimas dos confrontos, está uma adolescente de 14 anos, que morreu após ser baleada nas costas. Além disso, 15 carros, duas vans, sete ônibus e um caminhão foram queimados no Estado.
Ainda na quarta-feira, o governo do Estado transferiu oito presidiários do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Eles são acusados de liderar a onda de ataques. Outra medida para tentar conter a violência foi anunciada pelo Ministério da Defesa: o Rio terá o apoio logístico da Marinha para reforçar as ações de combate aos criminosos. Até quarta-feira, 23 pessoas foram mortas, 159 foram presas ou detidas e 37 veículos foram incendiados no Estado.
 

Twitter

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Além de ocupar grande parte do noticiário, os ataques no Rio de Janeiro foram destaque na rede de relacionamentos Twitter de maneira sem precedentes. Na tarde desta quinta-feira (25), nove entre os nove termos mais citados entre os basileiros no site estão relacionados aos conflitos. Alguns deles são “Vila Cruzeiro”, local onde a polícia entrou com blindados, e “Marinha”, em referância ao auxílio dado pelo Governo Federal. Os internautas também fazem um pedido pelo fim dos conflitos, com a expressão #paznorio.
 

Catanduvas

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O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) autorizou na terça-feira (23) a transferência de oito presos do Estado para a penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná. Segundo o TJ, serão levados Willian Rodrigues Vieira, o "Robocop"; Márcio Aurélio Martinez Martelo, chamado de "Bolado"; e Antonio Jorge Gonçalves dos Santos, o "Tony Senhor das Armas".
Também serão transferidos para o Paraná Wanderson da Silva Brito, conhecido como "Paquito"; Roberto Célio Lopes, o "Robertinho do Vigário"; Marcelo Tavares da Silva, o "Marcelo Abóbora"; Claudio Henrique Mendes dos Santos, também conhecido como "Chuca ou Dr. Santos"; e Mauri Alves Ribeiro Filho, o Cocó.