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ARTE EM PAPEL
O cartaz de “Museu das Águas de Rio Acima”, de Mabe Bethônico,
é um dos trabalhos do “Livro-Acervo”

 

Desde seu aparecimento, em São Paulo, em 1970, o Paço das Artes se diferenciou de outros espaços de arte do País. Embora não possua um acervo de obras materiais – formado, por exemplo, por pinturas e esculturas –, constituiu outro tipo de acervo: o fomento da jovem arte contemporânea. Graças a suas quatro décadas de atividades, o Paço tem participação na formação de toda uma geração. Esse imenso valor simbólico será agora contabilizado nas comemorações de seus 40 anos. “Estamos trabalhando com a ideia de acervo expandido”, comenta Priscila Arantes, diretora técnica do Paço das Artes. “Nosso acervo é a memória de 40 anos da passagem de artistas, curadores e trabalhos artísticos que estão registrados aqui de diferentes maneiras.”

A comemoração conta com o lançamento do “Livro-Acervo” sobre os dez anos da Temporada de Projetos, programa de apoio às manifestações artísticas contemporâneas emergentes. Com coordenação e curadoria dos artistas Lenora de Barros e Artur Lescher, o livro tem verbetes e imagens sobre os mais de 180 artistas e curadores que integraram o projeto desde sua criação. Conta também com trabalhos artísticos desenvolvidos especialmente para suas páginas e um CD composto por depoimentos de 61 artistas. A artista mineira Mabe Bethônico, participante da Temporada de Projetos em 2006 e selecionada para desenvolver uma obra especialmente para o livro, comenta que a oportunidade trazida pelo Paço na época a colocou diante de novas perspectivas de trabalho. “O Paço das Artes viabilizou um encontro com pessoas com as quais estou trabalhando até hoje. Antes de tudo, a instituição tem essa importância por ser uma instância que permite trocas e diálogos”, diz.

O lançamento do “Livro-Acervo” acontece na segunda-feira 22, concomitantemente à abertura da exposição da edição 2010 da Temporada de Projetos, de shows musicais e de performances como “A Única Revolução Possível é Dentro de Nós”, da artista Sheila Mann Hara, que parte de uma frase de Gandhi para realizar a ação.


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