Assista ao vídeo e chegue ao cinema bem informado para ver a primeira parte de “As Relíquias da Morte” :

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Após dez anos, sete filmes, uma legião de fãs e a soma vultosa de US$ 10 bilhões arrecadados nas bilheterias de todo o mundo, o fenômeno infantojuvenil “Harry Potter”, baseado na obra literária homônima da autora inglesa J.K. Rowling, começa a se despedir do público. A mais bem-sucedida franquia cinematográfica da história do audiovisual entra em sua reta final na sexta-feira 19 com a estreia no Brasil e em outros 53 países do sétimo filme da série: “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1”, com direção de David Yates, o mesmo diretor das duas produções anteriores. E, para prolongar um pouco mais esta despedida (e incrementar ainda mais seus rendimentos), a história deste último livro foi dividida em duas partes. A primeira, que entra agora em cartaz, e a segunda, que já foi filmada e chega aos cinemas em 15 de julho do ano que vem. Segundo o diretor David Yates, a divisão foi a forma que ele e o roteirista Steve Kloves, que trabalhou em todos os filmes, encontraram para conferir o máximo de fidelidade à trama, já que “Relíquias da Morte” tem um enredo mais denso, complexo e de muitas reviravoltas. Seja por exigência de dramaturgia, seja de mercado, o fato é que os fãs poderão assimilar o fim da série em duas etapas.

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ADEUS, HERMIONE
Emma Watson no filme “Relíquias da Morte”: após dez anos, a atriz
cortou o cabelo e fez o seu primeiro trabalho longe de Hogwarts

 
 

A corrida pelos ingressos para a primeira temporada de bruxarias começou há um mês na internet, quando foi anunciada a venda antecipada dos bilhetes. Nos EUA e na Inglaterra, 67% das entradas foram vendidas quatro semanas antes da estreia e, em São Paulo, já há salas com as primeiras sessões esgotadas. Neste filme, o trio de amigos formado por Harry Potter (Daniel Radcliffe), Hermione (Emma Watson) e Ron Weasley (Rupert Grint) tem de encarar as forças do mal representadas por Lorde Voldemort (Ralph Fiennes) e o seu exército de comensais da morte.

O filme, orçado em US$ 250 milhões, tem locações em diversasregiões do Reino Unido e é o primeiro cujo cenário principal não é a Escola de Magia Hogwarts, já que os alunos já estão crescidos e não são residentes. Com uma trama mais madura, o enredo vai conceder maior complexidade à personalidade do rival de Potter, o vilão Draco Malfoy (Tom Felton), que cresce na história como já acontecera no sexto filme
“O Enigma do Príncipe” (o que rendeu uma premiação ao ator). Draco continua andando com sua turma do mal, mas irá salvar a vida de Potter numa ocasião. E também será salvo pelo arqui-inimigo em outra situação. O filme tem o mérito de respeitar uma das maiores qualidades
dos livros de J.K. Rowling (que juntos venderam 490 milhões de exemplares): não se move apenas do bem para o mal, mas imprime nuances aos personagens.

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Harry, Ron e Hermione terão a missão de procurar e destruir o segredo da imortalidade do vilão Lorde Voldemort que está contido nas mágicas “horcruxes”. Ele assumiu o ministério da magia e está mais poderoso do que nunca. E os garotos estão sozinhos, já que os seus mentores e o maior deles, Dumbledore, não estão por perto. No embate de forças, o que está em jogo é a conquista do poder e a consequente expulsão do universo dos bruxos daqueles seres humanos dotados de dons mágicos, mas que não descendem de nenhuma linhagem nobre. Nessa violenta guerra, Harry e Hermione estarão mais próximos e isso despertará ciúme e causará desentendimentos entre os amigos Harry e Ron (este se descobre, finalmente, apaixonado por Hermione). Como nos outros filmes, não haverá cenas sensuais, exceto pelo pesadelo vivido por Ron em que imagina Harry e Hermione namorando. Esta é uma das duas cenas em que o ator Daniel Radcliffe aparece nu nesta nova trama.

O outro momento é quando ele quase morre na estação Kings Cross do metrô de Londres e aparece despido em atmosfera onírica diante de seu antigo mentor Dumbledore. A franquia utiliza pela primeira vez a técnica de envelhecimento dos atores que rendeu Oscar ao filme “O Curioso Caso de Benjamin Button”, protagonizado por Brad Pitt, e serviu para simular os personagens no futuro, duas décadas mais velhos. Harry aparece casado com Gina (Bonnie Wright) e ao lado dos filhos.

A bem-sucedida carreira da saga, no entanto, não coleciona apenas recordes numéricos. Também formou uma geração de atores que pisou pela primeira vez um set de filmagem com menos de dez anos de idade e hoje deixa os estúdios de Leaveasden, na Inglaterra, na faixa dos 20. Todos eles impregnados da trajetória de magias, lendas e mistérios que entretinham milhares de crianças, adolescentes e até adultos em todo o mundo. Há no discurso deles uma fala que se repete: estar no filme era realizar um sonho. Isso porque cada um deles já vinha devorando os livros assim que eram lançados. Ao final do sonho, Daniel Radcliffe já está atuando em outros dois filmes, Emma Watson filma em Londres “Minha Semana com Marilyn” e ambos estão entre os dez jovens atores mais ricos listados pela revista “Forbes”. Outro bruxo está nesta relação: Rupert Grint. Entre os não tão ricos, mas talentosos, estão Tom Felton, que se prepara para interpretar o seu primeiro personagem realista; e Bonnie Wright, que dirige a sua primeira produção. A caçula do grupo, a irlandesa Evanna Lynch, 19 anos, é a única que não tem trabalhos à vista. “Quem vai me escolher com aparelhos nos dentes?”, diz ela, que só agora, com o final da série, pode corrigir as imperfeições do sorriso.

 

 

 

 

 


UM MUSEU PARA HARRY POTTER

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Anunciado como o maior investimento dos seus 86 anos de história, o grupo Warner Bros., que possui os direitos da série “Harry Potter”, comprou os estúdios Leavesden, em Watford, nas proximidades de Londres, onde foram filmados todos os filmes da franquia nesta última década. Foi em parte desse complexo que ocorreu em março um incêndio durante as filmagens de cenas de efeitos especiais para o penúltimo filme da série. Os estúdios vão ser reformados e os cenários integrarão um acervo histórico. A empresa prevê um investimento de US$ 100 milhões na modernização, reforma e instalação de tecnologia de ponta no complexo de estúdios.