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A seleção brasileira masculina de vôlei garantiu nesta quarta-feira a classificação para a semifinal do Mundial da Itália. A vaga foi conquistada com uma vitória tranquila sobre a Alemanha, por 3 sets a 0 (25/17, 25/20 e 25/19), em apenas 1 hora e 13 minutos de jogo, disputado em Roma, o que manteve o Brasil na briga pelo terceiro título consecutivo da competição.

Como já tinha vencido a República Checa na última segunda-feira, o Brasil terminou a terceira fase do Mundial na liderança do Grupo R e conseguiu a única vaga disponível. O adversário brasileiro na semifinal será definido ainda nesta quarta-feira. E a tendência é que seja a anfitriã Itália, que precisa da vitória sobre a França para confirmar a sua classificação.

Na vitória desta quarta-feira, a seleção brasileira mostrou ter superado as polêmicas que marcaram sua participação na segunda fase do Mundial, quando não entrou com força máxima no jogo contra a Bulgária e acabou perdendo. Com aquela derrota, o Brasil caiu num grupo teoricamente mais fácil, diante da Alemanha e da República Checa, evitando um confronto contra Cuba.

Assim, o Brasil entrou em quadra nesta quarta-feira mais tranquilo e concentrado, bem diferente do que tinha acontecido diante da República Checa, quando o nervosismo dos jogadores era evidente. Para vencer a Alemanha, o destaque foi novamente o ponteiro Murilo, que terminou com 13 pontos, mas o oposto Leandro Vissotto também esteve bem, com 11 pontos somados.

Agora, o Brasil terá dois dias de descanso e preparação para a disputa da semifinal do Mundial, que acontecerá no sábado, novamente em Roma. O adversário brasileiro sairá do Grupo O, que conta com Estados Unidos, França e Itália. E a vantagem é italiana, que já derrotou os norte-americanos e depende de vitória sobre os franceses, nesta quarta-feira, para avançar.

Preferência

Os jogadores do Brasil não escondem a preferência pelo adversário da semifinal: a anfitriã Itália, que ainda precisa ganhar da França, no encerramento da rodada, para ficar com a vaga no Grupo O. Em caso de derrota italiana, franceses e norte-americanos podem ser os adversários brasileiros.

"Prefiro a Itália. Tem muita polêmica por trás desse jogo. É importante termos a oportunidade de afirmar a soberania do vôlei brasileiro", declarou o oposto Leandro Vissotto. "Quero a Itália também. Nada mais justo que essas seleções se encontrarem. Todos nós preferimos a Itália", concordou o ponteiro Dante.

O desejo de enfrentar os donos da casa tem um motivo especial, além da grande rivalidade entre as seleções. "Quem joga aqui sabe o quanto somos discriminados", afirmou Leandro Vissotto, que passou muito tempo em clubes italianos. "É clara a discriminação. Eles (italianos) vão atrapalhar a gente quando puderem. No hotel, na quadra, em tudo. Na semifinal, se puderem, vão atrapalhar", completou Dante.

Jogando em casa, a Itália acredita que pode acabar com a soberania brasileira no vôlei masculino. Mas o Brasil está forte na luta para conquistar o terceiro título mundial consecutivo, repetindo os feitos de 2002 e 2006. Resta saber se haverá mesmo um confronto direto entre os dois na semifinal de sábado.

Rodada

Ainda nesta quarta-feira, já foi encerrada a disputa do Grupo P do Mundial. Num jogo apenas para cumprir tabela, entre duas seleções eliminadas, a Rússia derrotou a Argentina por 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/17 e 25/15. A vaga nessa chave ficou com a Sérvia, que venceu russos e argentinos nas duas primeiras rodadas e se classificou antecipadamente.