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A produção industrial caiu 8,9% em julho ante o mesmo mês do ano passado, resultado pior do que o esperado pelos analistas e a 17ª taxa negativa consecutiva nesta comparação.

Já na comparação com junho, o recuo foi de 1,5%, também pior do que as expectativas e o segundo resultado negativo seguido nesse confronto. Os analistas esperavam de declínio de 0,60% a avanço de 0,60%, com mediana de -0,10%. No ano, a produção do setor acumula queda de 6,6% até julho. Já em 12 meses, o recuo é de 5,3%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria encontra-se 14,1% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. O índice de média móvel trimestral também registrou queda, de -0,6%, no trimestre encerrado em julho em relação aos três meses anteriores até junho – mantendo, assim, a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014.

Na comparação anual, houve um perfil disseminado de resultados negativos. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 19,1%, e a de produtos alimentícios (-7,2%) exerceram as maiores influências negativas. Já entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (-27,8%) e bens de consumo duráveis (-13,7%) assinalaram as reduções mais acentuadas. O recuo na produção de bens de capital foi o mais intenso desde o início da série histórica do IBGE.

Já no confronto com junho, a produção de alimentos caiu 6,2% e exerceu a principal influência negativa. Ao todo, 14 dos 24 ramos investigados pelo órgão tiveram retração nessa comparação. Outros destaques negativos foram bebidas (-6,2%), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,7%), indústrias extrativas (-1,5%), produtos de madeira (-7,6%) e produtos de metal (-1,8%). Por outro lado, tiveram crescimento: máquinas e equipamentos (6,5%), veículos automotores (1,4%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,2%).