A neurolinguística (PNL) também pode ser aplicada à gastronomia. A técnica que sugere a reprogramação mental está sendo usada para que as pessoas estabeleçam uma nova relação com as dietas e os alimentos. O objetivo é que os regimes deixem de ser encarados como um sacrifício e as restrições alimentares não perdurem eternamente. Afinal, quem consegue atravessar anos a fio à base de saladas e grelhados, evitando triste e heroicamente todas as delícias da mesa? A proposta é ensinar as pessoas a lidarem de uma forma inteligente com suas emoções, a ponto de controlá-las. O uso racional dos alimentos é uma conseqüência disso. Uma das precursoras no tema, a chef e consultora Carla Elage afirma que é possível treinar o cérebro para comer de forma mais sensata.

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INOVAÇÃO
A chef e consultora Carla Elage: técnica de reprogramação mental

Do alto de sua experiência de mais de dez anos aplicando técnicas de neurolinguística em ambientes corporativos e, atualmente, como consultora de buffets, restaurantes, empresas e hospitais, Carla criou módulos nos quais busca reeducar as pessoas a preparar as refeições e os cardápios e a se alimentar. A primeira delas é respirar antes de começar a comer. “Três puxadas de ar já ajudam muito, já acalmam”, diz. Outra orientação é uma espécie de auto-engano cerebral. “Quer comer quatro biscoitos? Pegue quatro, mas separe dois e corte-os ao meio. Estou mandando para meu cérebro a informação de que estou comendo um monte.” A PNL aliada à gastronomia pode ajudar muito, mas pequenos deslizes estão previstos no caminho. Aí surge outro ensinamento. “Não tenha culpa. Culpa gera frustração, que provoca mais fome”, afirma a chef.

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Fotos: Thiago Bernardes/Frame

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