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A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) foi diplomada na noite desta quinta-feira (18) no Tribunal Superior Eleitoral. A cerimônia é um ato formal que encerra o processo eleitoral. O diploma é indispensável para que o político eleito – seja deputado, senador, vereador ou outro – possa tomar posse.

Além de Dilma, também foi diplomado o vice-presidente, Michel Temer (PMDB). Os eleitos no pleito de 2014 devem ser diplomados até o dia 19 de dezembro.

Trajada com um conjunto vermelho, Dilma se sentou ao lado do presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, responsável por conduzir a cerimônia. Após proferir a leitura do diploma, Toffoli entregou o documento a Dilma e afirmou: "É uma honra entregar este diploma a vossa excelência." O mesmo rito foi seguido para a entrega do Diploma ao vice-presidente Michel Temer.

Em seu discurso de diplomação, Dilma falou sobre a responsabilidade do cargo. "Recebo este diploma renovando meu juramento de obedecer as leis do meu país, como também de usar de minha autoridade para fazer com que elas sejam respeitadas."

"Ser a primeira mulher eleita e agora reeleita para ocupar o mais alto cargo da nação me enche de alegria, mas também enche meu coração de esperança", afirmou Dilma. "É essa esperança que quero compartilhar com todo o povo brasileiro. Somos uma nação construída com os signos da coragem, da fé e da esperança. Eles nos dão a força vital para seguir adiante."

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Como vencedora das eleições, Dilma lembrou que a oposição tem papel importante no processo democrático e disse que "saber vencer é saber reconhecer o valor da paz, da união nacional e da justiça social."

"Saber vencer é oferecer com coragem o que temos de melhor para o país", também afirmou Dilma. "O que tenho de melhor é a fidelidade às minhas convicções e aos meus compromissos, que já são conhecidos e tiveram início em 2003, durante o governo do presidente Lula."

Dilma também usou o discurso para falar sobre economia. Disse que seu governo terá compromisso com o controle da inflação e com a promoção do crescimento, que "ocorrerá mais rápido do que alguns imaginam." Falou, também, sobre o combate à corrupção e afirmou que seu governo não terá "medo de enfrentar a verdade".

"A corrupção não é defeito ou vício de um ou outro partido, nem é privilégio de quem compartilha momentaneamente do poder", afirmou Dilma. "A guerra contra a corrupção deve ser uma ação permanente do governo e de toda a sociedade."

Dilma também falou especificamente sobre o escândalo de corrupção na Petrobras, deflagrado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. "Alguns funcionários da Petrobras foram atingidos no processo de combate à corrupção", afirmou a presidente. "Estamos enfrentando essa situação com destemor e vamos converter a renovação da Petrobras em energia transformadora do nosso país."

Dilma prometeu um novo "modelo de governança" para a estatal petrolífera, que, nas palavras da presidente, é "a mais brasileira e a mais estratégica" das empresas do País.

Para finalizar seu discurso, Dilma pediu a todos que a "acompanhem nessa caminhada de transformação e de mudança do Brasil".

O ministro Dias Toffoli, que também discursou, lembrou que o Brasil é a quarta maior democracia do mundo e mandou um recado claro à oposição: "Não haverá terceiro turno na Justiça Eleitoral", afirmou. "Que os especuladores se calem." Antes da cerimônia, o PSDB entrou com um pedido de cassação da candidatura de Dilma e pediu a diplomação do candidato derrotado Aécio Neves. O partido argumenta que, durante a campanha, Dilma usou da máquina pública para obter vantagens e cometeu abuso do poder público.


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